Mané Durão, Ana Frazão e Helena Dimas, os rostos da aposta no voleibol feminino do Rugby Clube de Santarém
A atravessar 25 anos de existência, o Rugby Clube de Santarém (RCS) reforçou a sua aposta no sector feminino e, depois da equipa feminina de rugby, lançou, desta vez, a sua equipa de voleibol feminino.
Esta nova secção do clube, lançada em plena pandemia covid-19, conta com 58 atletas e quer entrar em competição já na próxima temporada. O facto de haver pouca oferta na região fez o clube avançar para este novo projecto que promete crescer depois de um início fulgurante.
O Correio do Ribatejo falou com Helena Dimas, sobre esta nova realidade no clube.
Como é que surge a modalidade de voleibol no Rugby Clube de Santarém (RCS)?
Um sonho, um objectivo e uma certeza. O sonho da Ana e da filha poder vir a ser tão feliz a jogar voleibol como ela foi. O objectivo da Mané de implementar a modalidade de voleibol no RCS e incutir esse desporto às filhas. E a certeza da Helena que iria ser um sucesso e uma mais valia para o clube e para Santarém.
Como é que está estruturada a secção de voleibol do RCS? Quantos atletas, treinadores e staff a incorporam?
O voleibol é uma secção do RCS, cuja direcção integra um elemento da direcção do clube. Neste momento temos 58 atletas inscritas, três treinadores, uma ajudante de treinador e três elementos de direcção. E os pais das atletas que são uma peça chave nesta máquina.
Onde são os locais de treino das equipas?
Temos dois treinos no pavilhão da Escola Prática de Cavalaria e outros dois no Pavilhão do Liceu Sá da Bandeira.
A criação da modalidade em plena pandemia covid-19 foi uma aposta ganha?
Sim, sem dúvida que foi uma aposta ganha. Apesar das restrições que estamos a viver temos de continuar a dar qualidade de vida aos nossos filhos e o desporto é essencial.
A falta de oferta da modalidade na região foi crucial para a decisão?
Sim, a falta de oferta da modalidade na região também foi um dos pontos cruciais na tomada de decisão de avançarmos. E ainda bem que o fizemos, porque estamos a mover muitas miúdas na direcção da actividade física e queremos mover mais ainda. Estamos a procurar mais soluções em termos de pavilhões e horários. O apoio da Câmara Municipal de Santarém tem sido crucial nesse sentido.
Ter também voleibol masculino está dentro das aspirações do clube?
Sim, é um objectivo. Faz todo o sentido termos a modalidade no feminino e no masculino, tal como no rugby, há a possibilidade para os rapazes e para as raparigas.
Quais são os objectivos desportivos para esta temporada?
Queremos formar e preparar as atletas para avançar com competição na próxima temporada. Estamos alinhados com a Federação neste sentido. Aliás, no segundo treino tivemos a vantagem da Federação ter cá vindo conhecer o VolleySantarém/RCS. Nesta temporada iremos organizar e participar em jogos e torneios amigáveis. Neste sentido já estamos articulados com alguns clubes de volleyball, sentimos um espírito de modalidade muito corporativo e isso é reconfortante para nós que estamos a começar.
É mais importante formar atletas ou vencer competições?
Ambos são importantes. Formar para ser melhores todos os dias e motivar para vencer, porque elas também têm de ter objectivos. Mas, essencialmente, queremos que sejam muito felizes no voleibol, no desporto que elegeram e que irá ficar para a vida.
Quais são as principais vantagens desta modalidade?
É um desporto que desenvolve muito a agilidade, a coordenação, a velocidade e o equilíbrio e que se pode praticar em qualquer lado, mesmo sem rede. É um desporto que motiva a jogar.
Como é que um atleta pode ingressar na modalidade?
Basta que nos envie um email (volley.rcs@gmail.com) a fazer pedido de inscrição ou para vir experimentar um treino.
Que investimento tem de fazer um atleta para praticar este desporto?
Inscrição 50,00 euros e o pagamento de quotas que poderá variar, de acordo com a modalidade de pagamento e se tem ou não irmãos no RCS.
Esta modalidade deveria ser mais estimulada a nível do desporto escolar?
Há sempre campo para progresso.
Santarém tem bons atletas no voleibol?
Sim, muito bons, muito potencial. Foi uma boa surpresa.
Como é que as atletas podem atingir patamares mais elevados na modalidade?
Dependerá do grau de motivação e ambição de cada uma, porque como em todos os desportos, chegar aos patamares da competição e alta competição, depende do talento, e acima disso do esforço, dedicação e persistência.
Que mensagem gostaria de deixar aos atletas, treinadores e todo o staff do clube?
Obrigada, conseguimos, com vocês e por vocês, juntos, com esforço, lealdade e bravura!