A reunião para instalação dos órgãos da União de Freguesias da Cidade de Santarém, realizada esta segunda-feira, 3 de Novembro, no salão nobre da Casa do Campino, terminou, novamente, sem acordo entre as forças políticas representadas, mantendo-se o impasse na constituição do executivo liderado por Alfredo Amante, da coligação AD (PSD/CDS).
Durante a sessão, foram apresentadas e votadas três listas alternativas para o executivo, todas rejeitadas pela Assembleia de Freguesia. Face à ausência de consenso, o presidente Alfredo Amante decidiu encerrar a reunião, comprometendo-se a agendar nova sessão.
“Esta reunião foi a continuidade da primeira em que não houve consenso. Apresentei três cenários diferentes e foram rejeitados. Tive de encerrar a reunião, visto que, a nível do regimento, já não poderia suspendê-la. Irei agora cumprir as missões que me são confiadas a nível legal e posteriormente convocar uma nova reunião”, afirmou Alfredo Amante, no final do encontro.
O autarca explicou que a proposta da coligação visava garantir uma maioria estável dentro do executivo. “Essencialmente quisemos colocar todos dentro deste pressuposto com uma condição: a AD ganhou, a AD deve governar. Sei que tentaram colocar uma situação de dois mais dois, ( dois eleitos do PS e dois do partido Chega) mas isso colocava-nos numa posição minoritária. Na Assembleia de Freguesia, o PS já está em maioria, portanto não seria necessário esse equilíbrio também no executivo”, sustentou.
Questionado sobre o futuro, Alfredo Amante manifestou confiança numa solução de entendimento. “Acredito que, com bom senso e uma perspectiva de construção, será possível chegar a acordo. Estamos cá para servir a freguesia e corresponder àquilo que as pessoas votaram”, afirmou.
A coligação AD, vencedora das eleições na União de Freguesias da Cidade de Santarém, elegeu oito membros na Assembleia de Freguesia, o mesmo número que o PS, enquanto o Chega tem três eleitos. A ausência de maioria absoluta tem dificultado a formação do executivo, que continua por instalar após duas reuniões consecutivas sem consenso.
