A União Desportiva de Santarém Sad venceu esta tarde o FC Alverca, por 3-2, em jogo a contar para a 14.ª Jornada do Campeonato de Portugal (Série F).

Os golos da turma escalabitana foram apontados por Flavinho (47’), João Monteiro (66’) e Nuno André (74’), enquanto pelo Alverca marcaram Filipe Ryan (46’) e Ricardo Rodrigues (88’).

Uma partida com duas partes bem distintas, a primeira em que o equilíbrio foi a nota dominante mas sem o ‘sal’ dos golos e um segundo tempo bem mais emotivo, premiado com cinco golos apontados por duas equipas que queriam vencer o jogo.

O primeiro lance de algum perigo aconteceu aos oito minutos com Jeferson Nem a rematar para uma boa defesa de Nuno Hidalgo. Na resposta, dois minutos depois, Vasco Lopes teve nos pés uma oportunidade flagrante para a U. Santarém. Valeu Tiago Gomes, lateral esquerdo do Alverca, atravessar-se à frente da bola, e a cortar, rente ao relvado, o remate do avançado unionista.

Em jeito de parada e resposta, à passagem do minuto 19 foi, de novo, a equipa da casa a levar o perigo à área contrária. Flavinho remata à meia volta proporcionando a defesa atenta de José Costa.

Com um meio campo muito povoado de parte a parte, o Alverca demonstrava ser uma equipa bem madura que sabe trocar bem a bola, projectando o seu jogo por intermédio de dois laterais muito experientes: Jorge Bernardo e Tiago Gomes.

Até ao apito do árbitro David Salvador (AF Setúbal) a pôr fim a um primeiro tempo sem golos apenas mais duas notas, desta feita de índole disciplinar, ambas para o Alverca. A primeira, aos 38’, por cartão amarelo mostrado ao treinador Alexandre Santos e a segunda, aos 45’+1’, com o cartão amarelo mostrado ao lateral esquerdo Tiago Gomes.

Se o primeiro tempo chegou ao fim sem golos, os primeiros minutos do segundo, foram, nesse domínio, electrizantes. Logo no segundo minuto, um remate de Filipe Ryan abriu o marcador favorável ao Alverca, com a bola a assumir uma trajectória que traiu Nuno Hidalgo.

A vantagem do Alverca durou apenas um minuto, já que aos 47’, Flavinho empatou de novo a partida, com um remate rasteiro, longe do alcance do guarda-redes contrário.

Com o Alverca a não poder perder pontos na perseguição ao Torriense na luta pela subida, a turma de Alexandre Santos procurou instalar-se no meio-campo escalabitano mas essa ousadia fê-lo beber do venenoso contra-ataque da União que deu frutos à passagem do minuto 66, com João Monteiro a concluir uma jogada rápida de ataque e a colocar a turma da casa pela primeira vez em vantagem.

Entre o minuto 52 e o 72, em 20 minutos de jogo, o árbitro setubalense mostrou oito cartões, sete amarelos e um cartão vermelho, este à passagem do minuto 69, mostrado a Rui Pereira que agarrou Iúri Gomes quando este se isolava em direcção à baliza do Alverca.

E foi um Alverca pressionado pelo resultado que viu aos 74’ Nuno André aumentar a vantagem da turma escalabitana para 3-1, em nova jogada de contra-ataque, aproveitando a grande mobilidade dos avançados locais.

Uma vantagem merecida pela ‘cabeça fria’ dos jogadores da casa que souberam controlar melhor as emoções, perante um Alverca com outros argumentos, nomeadamente financeiros, que lhe permitem lutar por outros voos nesta Série F.

Aos 77’, Varela foi expulso (segundo cartão amarelo) e aos 83’ Nuno Hidalgo voltou às defesas que valem pontos, anulando um golo feito ao defender a bola junto ao poste direito da sua baliza.

A vencer por dois golos a União procurou defender a vantagem confortável que tinha na partida, mas nunca descurou as saídas rápidas que colocaram os nervos em franja à defensiva do Alverca.

Num desses lances surgiu o caso do jogo, com Flavinho a ser carregado a meio do meio campo do Alverca. O árbitro, bem próximo, nada assinalou e na sequência do lance Ricardo Rodrigues aproveitou para reduzir para 3-2.

Incompreensível a decisão do árbitro de Setúbal, já que até os jogadores do Alverca pararam por momentos o jogo a admitir a existência da falta sobre Flavinho.

Até ao final da partida (dois minutos para além dos seis de compensação inicialmente anunciados) a União conseguiu anular o jogo directo do seu adversário e a partida chegou ao fim com a equipa da casa no ataque.

Vitória unionista bem merecida pela entrega ao jogo de toda a equipa.

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