Na apresentação do treinador, José Gandarez, presidente da Assembleia-Geral do clube e seu principal investidor, assumiu o desejo de levar a União Desportiva de Santarém ao principal escalão do futebol nacional nos próximos cinco anos, uma ambição que garante não ser fácil, mas que Santarém tem de querer lá chegar por ser a capital de distrito.

“Em cinco anos temos como objectivo chegar à primeira liga. Se vamos conseguir lá chegar não sei mas vamos tentar. Acho que a cidade, as empresas e o Município tem mesmo de decidir se querem um clube que lute por esse objectivo”, afirma o dirigente.

Gandarez reconhece que o clube ainda tem passar pela Liga 3, Liga 2 e só depois chegar à Primeira Liga, e acredita que a cidade por ser “uma capital de distrito tem de ambicionar isso”, pedindo o envolvimento da sociedade civil na concretização do objectivo.

“Nos próximos cinco anos vamos trabalhar para isso e não sei se conseguimos. Não temos infra-estruturas nem condições para isso, mas se toda a sociedade civil se envolver acho que vamos conseguir”, reconhece.

“A nossa ambição, mesmo com recursos inferiores aos adversários, foi uma das razões que conseguiu convencer o mister Acácio a continuar”, defende o líder da estrutura, lembrando que “já foi muito difícil” o técnico aceitar o convite no ano passado, por este “estar habituado a outros patamares”. E sustenta que neste momento, depois do “choque inicial, ele vai-nos ajudar a subir para outros patamares”.

“É muito importante deixar bem clara esta visão que temos para o clube”, sublinha.
O dirigente assume ainda que a União de Santarém tem estabilidade e tranquilidade porque “ o clube e a SAD são a mesma instituição” e isso permite que se possa “olhar em frente” na persecução dos objectivos traçados.

Esta ambição é partilhada também por António Campos, presidente da SAD do clube há cerca de dois anos, que vê no futebol a projecção das empresas da região a nível nacional.

“A cidade tem de saber se quer efectivamente ter um projecto nacional em termos de equipa, que projecte o nosso concelho e a região. Não há melhor desporto que o futebol para fazer essa projecção”, realça.

Para o presidente a próxima competição é essencial para cumprir essa ambição e se tal acontecer “significaria que as empresas e todos nós iríamos ganhar”, acrescentando que o desafio às empresas e ao Município é “extremamente importante”, pois fora do relvado tem de existir um “triângulo virtuoso” entre adeptos, Câmara e empresas, de forma a “poderem apoiar este projecto”.

Liga 3 traz visibilidade à cidade e é rampa para o futebol profissional
A falta de infra-estruturas é o principal problema do clube da cidade para a competição que se avizinha. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tem um conjunto de exigências na Liga 3 que a UDS ainda não tem no Chã das Padeiras e na cidade. Os jogos desta liga tem de ser realizados em relvado natural, que será fiscalizado todas as semanas e não tendo as condições necessárias para a realização do jogo, tem de ser procurada alternativa. As instalações do complexo tem de contar com novos balneários, sala anti-doping e área de trabalho para comunicação social. A iluminação do estádio tem de ser também ela melhorada para a realização das transmissões televisivas à noite pelo canal da FPF.

“A FPF vai apostar na Liga 3 como a antecâmara do profissionalismo, por isso, tudo aquilo que vemos na televisão com jogos da primeira Liga também vamos ter na Liga 3: transmissão de todos os jogos, o homem do jogo, entrevistas no final, flash interview, sala anti-doping, etc. Por isso, vamos ter de criar todas essas condições”, frisa José Gandarez.

O relvado é outro dos problemas com que o clube se debate porque é onde treinam os seniores e os escalões de formação. Para poder utilizar a relva em dia de jogo, o dirigente explica que a equipa só poderá treinar “aqui duas ou três vezes por semana, caso contrário não vamos ter condições para os jogos”.

Algumas destas exigências já estão a ser ultrapassadas através da autarquia, que iniciou as obras no equipamento, mas o homem forte da SAD garantiu na conferência de imprensa que estava à procura de soluções para a pré-temporada, porque o plantel inicia os trabalhos no início de Julho.

O complexo desportivo de Rio Maior é o local escolhido pela equipa para a pré-temporada, assim como para a realização dos primeiros jogos na nova liga organizada pela FPF.

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