Foto de arquivo
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A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo já pediu uma reunião com a Unidade Local de Saúde para esclarecer o eventual encerramento da maternidade de Abrantes e da urgência pediátrica em Torres Novas, foi ontem revelado.

“Foi solicitada uma reunião ao presidente do conselho de administração na ULSMT [Unidade Local de Saúde do Médio Tejo] com o objetivo de saber mais informações (se existirem) sobre essas propostas que podem afetar a prestação de cuidados de saúde por dois prestigiados serviços da ULSMT, nas unidades hospitalares de Abrantes e Torres Novas”, refere a comissão de utentes em comunicado.

A comissão de utentes adianta ainda que será também solicitado um encontro com a ministra da Saúde.

O jornal Expresso noticiou ontem que a proposta de reorganização dos cuidados agudos a grávidas no Serviço Nacional de Saúde prevê a mobilidade de equipas de pelo menos 12 maternidades e a redução do modelo de urgência regional na Grande Lisboa.

O documento, entregue esta semana ao Governo pela Comissão Nacional da Saúde da Mulher, prevê ainda o encerramento de uma urgência pediátrica e a redução do modelo de Urgência regional na Grande Lisboa.

O coordenador do grupo de peritos, Alberto Caldas Afonso, adianta também ao Expresso que o reforço das escalas nas maternidades mais deficitárias vai começar pela península de Setúbal, como já tinha sido divulgado, e será alargado a outras unidades do país fora da região de Lisboa e igualmente deficitárias.

Na Unidade Local de Saúde do Médio Tejo, que inclui os hospitais de Abrantes e Torres Novas, os peritos querem fazer mais do que ‘mexer’ as equipas.

“No Médio Tejo, a obstetrícia está em Abrantes e a pediatria e a neonatologia em Torres Novas. Isto não faz sentido e não pode continuar”, disse Caldas Afonso.

Na nota, a comissão de utentes indica também que, nos próximos dias, irá lançar um abaixo-assinado dirigido ao Ministério da Saúde, onde será exigido o funcionamento permanente da maternidade de Abrantes e da urgência pediátrica de Torres Novas.

A expectativa é recolher “muitos milhares de assinaturas”, sublinha a comissão, como demonstração da vontade das populações.

Além disso, a comissão de utentes e outras comissões locais vão realizar uma série de ações de informação e mobilização, reforçando a defesa dos dois serviços considerados “essenciais”, é ainda referido na nota.

A ULS Médio Tejo dá resposta direta a cerca de 169.270 utentes dos concelhos de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Vila de Rei, concelhos dos distritos de Santarém e Castelo Branco.

Com 35 unidades funcionais de cuidados de saúde primários, a estrutura possui ainda três hospitais – em Abrantes, Tomar e Torres Novas -, separados entre si por cerca de 30 quilómetros.

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