A localidade de Valada vai acolher um centro cultural flutuante, de 9 a 12 de Junho, o Centro Cultural a Bordo vai chegar pelo Tejo exactamente como aquilo que é – um barco à vela feito embaixada nómada para as artes de rua.
Na carga traz teatro e vídeo-projecção, oficinas e actividades de criação. A sua viagem pelo rio é tão real quanto a viagem que vai fazer, em estreita colaboração com a população, pela cultura ribeirinha. É desta colaboração que vai nascer o espectáculo final de vídeo projecção nas velas da embarcação – pode ser visto da margem no dia 11 de Junho, sexta-feira, às 21h30 em antestreia e no dia 12 de Junho, sábado, à mesma hora.
Como em todos os barcos, o piloto é muito importante. Neste caso, Nuno Paulino junta à pilotagem, a encenação.
Projeto da companhia artelier?
“Mar intimo “, é a primeira missão artística do Projeto “Por Mares” da companhia Artelier? que procura novamente aliar etnografia e criação contemporânea para as artes de rua.
O projecto vai aliar uma digressão livre de carbono, viajando à vela de porto em porto de forma sustentável e em contacto com a natureza procurando revelar a urgência da sua valorização e defesa bem como dos seus habitantes, fauna e flora, e claramente das suas águas e territórios ribeirinhos visando a sua protecção.
As criações da “embarcação – centro cultural” procuram apresentar em cada cais, momentos originais de teatro circo e música, e contam com performances de vídeo nas velas da embarcação e uma banda sonora original inspiradas tanto na cultura local e avieira, do Tejo, como no imaginário náutico e marítimo.
Pela primeira vez uma companhia nacional leva em digressão e em embarcação própria, um projeto artístico navegando de cais em cais ao longo da costa nacional e principais estuários, vias navegáveis e eixos ribeirinhos em parceria com o Festival Imaginarius onde estreia a versão dramatúrgica final em Setembro 2021. Para a missão no Rio Tejo contou com a parceria da CIMLT – Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo e do MARE.
A companhia procura uma aventura de arte e sublimação que – para além da dimensão de novo paradoxo para as artes de rua e sublimação estética da viagem -, explore a “inversão da posição do olhar entre a terra e o mar e os territórios ribeirinhos, a superfície e a profundidade!”.