O Campeonato Amador de Futsal do Ribatejo encerrou a sua época desportiva sem atribuir o título de campeão, depois de terem sido tentadas, segundo a organização, “várias soluções”, nomeadamente “o futebol 5 ao ar livre”, acabando as equipas por ocupar a classificação que ocupavam na fase regular da prova, mas sem se atribuírem os títulos de campeão.
Destaque para a UDR Vila Nova da Rainha que foi a melhor equipa desta época, na 1ª Divisão e a equipa Decisões e Soluções de Torres foi a primeira classificada na Divisão de Honra.
Hugo Patrício, organizador da competição, revela em entrevista ao Correio do Ribatejo as decisões que tiveram de ser tomadas perante a pandemia Covid-19, um balanço sobre a época desportiva e as perspectivas de futuro para um campeonato que a organização acredita que irá crescer ainda mais.
Como é que correu esta época do Campeonato Amador de Futsal do Ribatejo até à sua interrupção?
Confesso, foi um ano desportivo complicado na fase preparatória, que não existiu. A nossa vantagem são os oito anos de trabalho que temos que nos permitiram conseguir concretizar o desejo de toda aquela gente que nos pediu para um esforço extra e quis ajudar. É para as equipas que trabalhamos. Eu, por exemplo, fui pai, existem prioridades, os meus colegas têm a sua vida. Fomos uma equipa de três mas muito coesa, com muita comunicação e confiança uns nos outros. Isso foi fundamental. O grande objectivo foi cumprido: a mudança de mentalidade das pessoas. Passar a ideia de que isto é um evento para lazer e confraternização e não para “ganhar”. A prova disso foi que correu tudo de forma fantástica, toda gente se divertiu e não houve nenhum caso de indisciplina.
Esta temporada o campeonato teve duas divisões. Perante a interrupção inevitável, podemos dizer que houve campeões?
Bom, chamar de campeões é um pouco forçado, foi esse o nosso entendimento, por respeito ao ‘Borussia’ penta-campeão, e ao nosso regulamento que prevê um campeonato em duas fases. Sendo que na 1ª Divisão só concluímos a fase regular, a classificação ficou como terminou. Já na Divisão de Honra não concluímos essa fase regular que falei, então fizemos de igual modo, classificação como estava até à paragem forçada. Foi um pouco injusto sim, mas não havia outra solução. Foi um ano atípico. Mas o 1º lugar assentou muito bem, tanto à equipa da UDR Vila Nova da Rainha, grande época sem nenhuma derrota, tal como à equipa Decisões e Soluções Torres Novas.
Podemos dizer que no geral o balanço foi positivo?
Claramente. A nossa experiência em realizar duas divisões foi fantástica, todos ficaram satisfeitos e será para manter. As equipas que pretendam jogar com regularidade inscrevem-se na 1ª Divisão, as que só pretendem jogar de forma quinzenal inscrevem-se na Divisão de Honra. Ninguém sobe nem ninguém desce. Realizamos a Taça em conjunto. Desta forma conseguimos satisfazer toda gente. Ainda assim, durante esta época tivemos cerca de 250 participantes, o que é excelente. A pandemia veio terminar a festa do Futsal mais cedo, mas assim podemos preparar melhor a próxima época.
Quais são os planos da organização para o futuro?
Temos muitas ideias. Por exemplo uma liga empresarial ou a realização de workshops. Posso adiantar que já temos várias abordagens de novas equipas, e quiçá, teremos de realizar jogos também à sexta à noite. É um claro sinal de crescimento e que estamos a trabalhar bem. Vão ser duas divisões muito interessantes. Vamos apostar numa nova modalidade pois queremos fazer mais e melhor, só Futsal não chega. Somos ambiciosos. Obrigado por tudo.