Vieira da Silva, Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social inaugurou na quinta-feira, 30 de Maio, a décima primeira edição da Feira Internacional da Cortiça em Coruche. O certame irá decorrer até domingo, 2 de Junho, no ano em que também se comemoram os 10 anos do Observatório do Sobreiro e da Cortiça.

A FICOR é uma aposta da Câmara de Coruche que visa reforçar e consolidar a posição do Concelho, do Ribatejo e de Portugal na fileira da cortiça no contexto internacional.

Veira da Silva destaca a importância do sector na região e no país e destaca a inovação que a área tem tido nos últimos anos.

“A importância que tem para Coruche é indiscutível, já que Coruche concentra um conjunto de valências e instituições, de empresas que têm na cortiça o seu centro. De alguma forma Coruche é o centro da cortiça com uma forte importância do ponto de vista da produção mas também com presença da industria”, refere o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“Este é um sector que tem um enorme significado para a economia do país. É um sector em que somos lideres mundiais. É um sector com forte presença em termos de exportação. Que tem um grande valor acrescentado, já que grande parte fica no nosso país e na comunidades. Sendo um produto fortemente tradicional, parte do ecossistema, é também um produto ou uma fileira muito aberta à inovação, e veremos hoje exemplos disso”, assinala Vieira da Silva.

Vieira da Silva, que tem a pasta do trabalho, considera que o sector da cortiça é importante na questão do emprego na região.

“O emprego é um sector importante para Portugal e a cortiça tem desenvolvido isso mesmo, damos trabalho… Seguramente logo aqui em Coruche com sentença de postos de trabalho ligados ao sector mas a importância do sector em matéria de trabalho e emprego vai muito para alem dos números. porque se prende com uma questão que é hoje muito discutida. O futuro do trabalho, as actividades que serão sustentáveis no futuro. Muitos estudos que tem sido feitos apontam este tipo de sector como uma forte componente ligada a sustentabilidade ambiental como sectores com grande capacidade de criar emprego no futuro. Obviamente pelo valor que tem mas também pela inovação, está presente em todas as áreas, desde as altas tecnologias, até à arte, moda, sector automóvel, electrónica, a cortiça está presente hoje, sendo muito importante a rolha, claro. As aplicações aos mais variados níveis, revestimentos, todas a industrias que falamos são de enorme importância”, conclui.

Este ano o Sobreiro, enquanto símbolo nacional, é o grande foco das diversas conferências e debates que irão ter lugar no Observatório do Sobreiro e da Cortiça. Para além das conferências e debates a maior feira de cortiça do país proporciona aos visitantes inúmeros motivos de visita. Provas de vinho no espaço “Wine & Cork”, gastronomia no espaço Sabores do montado, exposição temática sobre moda na cortiça, em que as estrela é um vestido de fio de cortiça com 17 metros de cumprimento e ainda os concertos de Olavo Bilac e Raquel Tavares.

Francisco Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Coruche destaca a evolução da feira da cortiça que tem vindo a moldar-se no últimos anos.

“Aquilo que tentamos é que a cada ano que passa nos trazemos novas componentes, quer relacionadas com a investigação e com os problemas dos produtores florestais quer com a componente da industria que é no fundo o grande sorvedor da nossa cortiça. Mas também as áreas da inovação, e este ano este nosso espaço tem a nível do 1ª andar, um espaço de demonstra tudo aquilo que é o trabalho promovido pela FICOR nas suas componentes do desfile de moda, do Coruche Fashion Core onde estão representados os vários vestidos participantes nesse desfile e também uma representatividade de uma empresa, uma empresa criativa e empreendedora ao nível do design que é a CASA GRIGI com um vestido fio de cortiça que tem uma cauda de 17 metros de comprimento”, assinala o presidente.

“Para alem das questões relacionadas com este certame aqui dentro do espaço da feira. aqui dentro dos espaço da feira, onde temos o espaço Wine and Cork este ano com 10 adegas. Entendemos que é importante fazer esta relação directa que o vinho tem com a cortiça. Porque é um casamento perfeito, como disse Sr. Ministro, mas também a inovação que é dada a toda a logística do layout funcional desta feira. Hoje é mito agradável entrarmos neste espaço e percebermos que este pavilhão está em Coruche mas podia estar numa qualquer outra capital europeia, não tinha nada a perder porque a dignidade dada a este certame é de facto muito representativa do trabalho associado aos nossos técnicos, aos nossos trabalhadores e também as entidades que colaboram connosco, os nossos parceiros e que estão hoje aqui representados”, conclui o edil de Coruche.

A FICOR contempla ainda espaços e atividades dedicados aos mais novos, considerando que se comemora no dia 1 de Junho, o Dia Internacional da Criança.

Os momentos de evasão e desportivos têm ainda grande destaque nesta edição com a realização de passeios pedestres pelo montado, bem como a realização da consagrada Corrida das Pontes e da Família, que já conta com 15 edições.

No encerramento da FICOR irá realizar-se uma corrida de toiros, lidada a solo pelo cavaleiro coruchense João Ribeiro Telles Jr.

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