No passado domingo, dia 23 de janeiro, aproveitei para exercer o voto antecipado.
Este ano, e face às atuais circunstâncias causadas pela Pandemia, o voto antecipado pôde ser exercido de forma mais fácil e em qualquer concelho e distrito deste país, mesmo que não estivéssemos aí recenseados.
Há ainda um caminho a percorrer para o voto eletrónico, o voto em qualquer local no dia das eleições, o fim do dia de reflexão, só para dar três exemplos.
Começar pelo fim do dia de reflexão será certamente o mais fácil.
Na verdade, parece fazer pouco sentido este dia de reflexão quando tudo o que são cartazes e propaganda política continua visível no dia das eleições.
Sempre foi assim.
E ao fim de 46 anos de processos eleitorais, de natureza diversa, devemos dar passos decisivos para tratar os cidadãos com a maioridade que a democracia já pode oferecer e apresenta.
Temos uma eleição legislativa que está carregada de indefinição no resultado.
Talvez sejam as eleições legislativas com maior carga de incerteza quanto ao vencedor e quanto à área política mais votada na divisão tradicional entre esquerda e direita.
Nunca tivemos tantos debates, entrevistas televisivas, na rádio e nos jornais.
Nunca os cidadãos tiveram acesso a tanta informação.
As redes sociais e os canais de comunicação partidários complementaram a divulgação das mensagens.
Agora é o tempo de escolher.
É a oportunidade que os cidadãos eleitores têm para dizer o que entendem.
Votarem em quem pretendem. Fazerem uma escolha.
Esta é a oportunidade de se exprimirem em democracia e vale muito mais do que um like ou uma partilha de um post ou de numa notícia, ou artigo, numa rede social.
Votar é querer dizer o que se pensa. É afirmarmos uma opção. É contribuirmos para o caminho pretendemos para o nosso país. E é respeitar a democracia.
Estamos a poucas horas das eleições do dia 30 de janeiro. Dia 31 já não poderão fazer nada.
Por isso votem!
Exerçam e defendam a democracia.
Custou-nos tanto a conquistar este direito que não se devem evocar 15 a 30 minutos de filas para não se votar.
Inato ou Adquirido – Ricardo Segurado
Texto publicado originalmente na edição do Correio do Ribatejo, sexta-feira, 28 de Janeiro de 2022.