O festival de música erudita ZêzereArts oferece, de 15 de Julho a 04 de Agosto, em Ferreira do Zêzere, Tomar, Vila Nova da Barquinha e Batalha, cerca de 20 concertos, recitais, exposições e espectáculos de ópera.
O festival, que decorre em salas, espaços ao ar livre e monumentos históricos dos quatro concelhos dos distritos de Santarém e Leiria, anuncia para este ano a sua “programação mais ambiciosa”, com destaque para a ópera “As Bodas de Fígaro”, de Wolfgang Amadeus Mozart, “naquela que é a maior produção operática” do evento, refere uma nota da organização.
Repetindo uma iniciativa iniciada em 2017 com Eurico Carrapatoso, o ZêzerArts tem este ano como compositor residente David Miguel, cuja criação, encomendada para o festival, tem estreia marcada para o próximo dia 21, às 21h00, no Claustro D. João III, do Convento de Cristo, em Tomar.
Desde que foi criado em 2011, pelo maestro Brian MacKay, em Ferreira do Zêzere, o festival assenta numa “experiência pedagógica única”, proporcionando cursos de verão e ‘masterclasses’ com professores e maestros de música clássica, reconhecidos a nível nacional e internacional, realça a nota.
A edição deste ano, que decorre ao longo das três semanas do certame em espaços como o Convento de Cristo, conta com a participação de mais de 90 cantores portugueses e estrangeiros e mais de 30 jovens instrumentistas.
Dessa “escola de verão” resulta “um conjunto de concertos, recitais, exposições e espectáculos de ópera, de entrada livre, que proporcionam uma oferta cultural de elevada qualidade para o público local e para todos os visitantes do Médio Tejo”, afirma.
O Convento de Cristo, em Tomar, o Mosteiro da Batalha (Leiria), o Castelo de Almourol (Vila Nova da Barquinha) e a Igreja de Nossa Senhora do Pranto, na vila de Dornes (Ferreira do Zêzere), são “alguns dos locais históricos onde se farão ouvir obras de Mozart, Tchaikovsky, Chausson, Dvorak, Villa-Lobos ou Joly Braga Santos”.
Dirigida por Brian MacKay, a ópera “As Bodas de Fígaro” apresenta-se como a primeira “produção operática de grande dimensão” do evento, com a participação de vinte elementos, entre actores e orquestra, com encenação de Roberto Recchia, “num gesto de valorização de uma das áreas que tem merecido a atenção do festival desde o início: o canto lírico”.
“Depois de óperas marcantes, como ‘La Serva Padrona’, de Pergolesi (2016), e ‘Street Scene’, de Kurt Weill (2012), e tendo já realizado versões curtas de óperas de Mozart acompanhadas apenas de piano, o festival estreia, assim, uma ópera do compositor austríaco, integral e com orquestra”, salienta.
Nesta oitava edição do festival participam músicos como a violoncelista franco-suíça Ophélie Gaillard, que dará uma ‘masterclasse’ e um concerto a solo, o violinista italiano Gian Paolo Peloso, o violinista luso-belga Eliot Lawson e ainda os músicos/professores que têm vindo a participar no evento, nos últimos anos, Luís Pacheco Cunha, Catherine Strynckx, Adriano Aguiar, Jorge Alves, Aoife Hiney, Pedro Correia, Ana Queiroz, Taíssa Poliakova Cunha, Nélia Gonçalves, Juliana Mauger e Luís Pereira.
Criado em 2011 por Brian MacKay, diretor artístico do festival, o ZêzereArts é uma produção da Musicamera, especializada na área da música erudita em Portugal, e conta com o apoio da Direcção-Geral das Artes, da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e das câmaras municipais de Ferreira do Zêzere, Tomar e Vila Nova da Barquinha.