A organização do Festival e Seminário Nacional de Gastronomia, implicou a mobilização de um conjunto alargado de pessoas que tiveram intervenção preponderante em diversas áreas do evento, sem as quais nada teria acontecido, mas cujos nomes são quase sempre ignorados e que pretendo aqui recordar.

No primeiro plano, da esquerda para a direita: José Luis Batista, Victor Rodrigues e Vítor Coutinho (Scalabitano de visita ao Festival)

Na preparação desta crónica, tive oportunidade de falar com muitos e muitas das intervenientes dessa época, de recordar nomes de pessoas e procurar assim minimizar o erro sempre associado ao esquecimento. Peço desde já desculpa por esses possíveis lapsos, mas, como costuma alguém dizer, citar é omitir e, por isso peço a todos e todas as que tiver omitido neste texto, que me deem notícia dessas omissões, para que o quadro geral possa ir sendo reposto, assim ficando para a memória do Festival.

Mas vamos ao princípio. Para que o Festival pudesse acolher cada dia um novo restaurante e uma nova região, era fundamental uma equipa de cozinha competente e adequada às exigências de tal desafio.

Depois de algum debate interno, acabámos por convidar a D. Graciete Santos para capitanear esta equipa maravilha que integrava também a D. Guilhermina Guerra, a Profetina (que nós sempre chamámos Cristina), a Maria Otília Vasconcelos, a Maria Rosa Vasconcelos, a Cristina Santos, a Isabel, a Ana Castelo e a Prazeres, a que se juntou no segundo ano a Can Fá Yon.

Quanto ao equipamento, já aqui referi que a maioria era da própria organização da Feira, mas grandes panelas e tachos, foram emprestados pela Escola Prática de Cavalaria.

Esta equipa entrava ao serviço, todos os dias, pelas seis horas da manhã e começava a grande azáfama de preparar o almoço. Na véspera, já a D. Graciete tinha reunido com os cozinheiros, para saber o que precisavam e preparar o serviço. Também na véspera, tinham chegado os produtos para a confeção, sendo devidamente acolhidos fosse nos frigoríficos, (emprestados pela Gelotel e mais tarde pela Marecos Lda., atual Olitrem), ou noutros locais. Após a confeção do almoço, havia que lavar e limpar panelas, tachos restantes equipamentos e a própria cozinha, tarefa que raramente estava pronta antes das oito da noite. Era de facto uma tarefa muito dura, mas que sempre foi desempenhada com alegria e entusiasmo.

No apoio a esta área, nomeadamente no controlo do portão de acesso à cozinha (e também ao artesanato), esteve primeiro o Sr. Vasconcelos e depois o Hélio Bernardes.

No primeiro andar, junto ao salão, a pequena sala de apoio, foi transformada em copa. Ali foram instalados um conjunto de lavatórios que pareceram suficientes, mas que na prática tiveram logo que ser ampliados com uma série de alguidares, pois, naquele primeiro ano não havia máquina de lavar loiça e tudo era feito manualmente, sendo que, como a quantidade de louça por exemplo não era muito grande, em situações de serviço de vários pratos, havia que proceder à sua lavagem e secagem, durante a própria refeição.

A equipa da copa, integrava a Lurdes Catita, a Ilda Mesquita, a Maria de Nazaré Vasconcelos, a Piedade, a filha do Sr. Manuel (da Feira) e, mais tarde a Ilda Santos.

O serviço de mesa e vinhos, foi garantido por um conjunto de pessoas sugeridas pelo Sr. Manuel Vieira Marques, cujos nomes não consegui ainda recolher. Mas, no segundo ano, o modelo alterou-se (disso falarei proximamente) e ali ponderou a D. Delfina que foi um pilar fundamental do Festival.

Cá em baixo, no artesanato e nas tasquinhas, o mundo era outro. Havia que assegurar bilheteiras, por onde passaram primeiro o experiente João Paulo Oliveira, que ao tempo detinha as bilheteiras da Feira, da Praça de Touros e do Festival de Folclore e depois, o Afoito, o Fernando Fernandes e o José Duque; havia também a porta de acesso de visitantes, nos primeiros anos a própria porta da Casa do Campino, por onde passaram o José Guerra, o Sr. Manuel, o Frederico (que um dia não deixou entrar o Presidente Botas, porque ele não trazia convite, não tinha bilhete e não o conhecia), mais tarde também o António Aranha, entre outros.

No apoio ao artesanato e às tasquinhas, o José Luís Batista que também poderia dar apoio de eletricista, o António José, o Pedro Mesquita, o Sr. Manuel (da Feira), o Albino (pintor), o Joaquim Tocha Sebastião.

A experiência do primeiro ano e o alargamento das tasquinhas logo no segundo, viria a impor uma grande remodelação neste sector, pelo que se juntaram o Rogério Vasconcelos, que teve um papel muito importante. Homem sereno, grande atleta, era ao tempo um ídolo reconhecido e respeitado por todos, o que foi muito importante para acalmar ânimos mais exaltados, sobretudo na hora do fecho das tasquinhas. Mas também, o Manuel Faustino Pinho, o José Penteado, o Fernando Jacinto, o Vítor Duque, o Luís (da Ribeira), o Aníbal, o Joaquim Passarinho, o Fernando Piedade, o Mário Lopes Pintarola, o Fernando Mendes, o Samuel Proa, o António José, o Sr. Jaime (pintor).

Também, mais tarde, foi necessário criar um armazém, onde ponderaram o Luís Duarte e o João Vasco. De noite, o Sr. Guerra, entre outros, assegurava sossego e segurança.

A fechar o dia, todos os dias sem exceção, a equipa dos serviços de higiene e limpeza do Município, liderada pelo Sr. Vítor Rodrigues, passava a pente fino o recinto, garantindo a necessária higiene e limpeza.

Termino esta crónica, com a renovada certeza que muitas pessoas ficaram por referir, apresento renovados pedidos de desculpa aos visados e agradeço todos os contributos que possam completar este relato.

Nuno Domingos

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