Inês Fernandes, natural de Almeirim, é formada em Engenharia e Gestão Industrial pelo Instituto Superior Técnico e, apesar de exercer actualmente na área de Tecnologias de Informação, nunca conseguiu ficar longe daquilo que é a sua grande paixão – a escrita. É autora do blogue «25 por Inês», disponível no Instagram desde 2017, no qual partilha diariamente conteúdos de autoria própria e cria textos personalizados a pedido dos seus seguidores. Em 2021, fez nascer um canal de podcasts no qual declama os seus próprios poemas para que possam ser ouvidos em qualquer lugar. Transporta a criatividade que colhe nos livros e na própria escrita para a sua vida diária, o que a torna mais completa e a ajuda a inspirar todos aqueles com quem se cruza.
Agora decidiu transportar o seu material distribuido pelas diversas plataformas para um livro físico ao qual deu o nome “Guarda-me o que ficar”. Este livro descreve a vida em prosas curtas, simples e cruas.
Segundo a autora, o livro não usa filtros, nem esconde premissas. “Aqui falo de sentimentos. Dos bons e dos maus. Aqui sou fria. Sou totalmente irracional. Aqui não existem regras. Existo eu e os outros. Eu não sei se escrever me cura ou se me destrói um pouco mais. Mas não consigo levar a vida de outra forma”, descreve.
Lançou o livro “Guarda-me o que ficar”. Com que objectivo decidiu editar esta obra?
O livro vem na sequência do meu crescimento no blog “25 por Inês”, no qual partilho diariamente prosas e pensamentos no Instagram e Facebook. À medida que este projecto chegou a mais pessoas, mais era notória a necessidade de passar aquilo que era conteúdo digital para um livro físico.
O que a inspirou e o que é que retrata o livro?
O livro retrata uma história contada em quatro partes diferentes que descreve o percurso de vida da personagem principal. Inicia-se na sua infância tumutuolsa e caminha ao longo de uma procura constante pela sua própria força interior e capacidade de ser imune às opiniões alheias.
O que representa para si a escrita?
Apesar de trabalhar em Cibersegurança, a escrita complementa os meus dias permitindo potenciar a minha criatividade na vida pessoal e profissional.
Em que altura da sua vida descobriu essa vocação?
Desde cedo, ainda andava no segundo ciclo em Almeirim.
Como é o seu processo criativo?
Não tem regras. Não tem horários. Não tem obrigações. A inspiração vem quando tem que vir. E escrevo no telemóvel ou no papel, dependendo do local onde esteja.
Tem algum tema predominante que queria transmitir na sua escrita?
Escrevo sobre a vida. Isso engloba tudo o que se possa imaginar. Desde os sentimentos bons de pertença, até aos piores de solidão ou revolta.
Que livros é que a influenciaram como escritora?
A Desumanização de Valter Hugo Mãe, O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde, The Sun and Her Flowers de Rupi Kaur.
Tem outros projectos em carteira que gostaria de dar à estampa?
Neste momento estou focada no crescimento orgânico do blog “25 por Inês” presente no Instagram e Facebook, assim como no podcast “25 por Inês” disponível no Spotify e Podcasts da Apple.
Um título para o livro da sua vida?
“Fiz tanto e mesmo assim acho que foi pouco”
Viagem?
Seychelles.
Música?
Eagles, Eric Clapton e Bryan Adams.
Quais os seus hobbies preferidos?
Escrita, música e desporto ao ar livre.
Se pudesse alterar um facto da história, qual escolheria?
Grandes guerras.
Se um dia tivesse de entrar num filme, que género preferiria?
Drama.
O que mais aprecia nas pessoas?
Coerência.
O que mais detesta nelas?
Falta de coerência.
Acordo ortográfico. Sim ou não?
Não vou ser mais um velho do Restelo.
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