©Estelle Valente / Teatro São Luiz

O Teatro Sá da Bandeira abriu as suas portas para receber a peça de teatro “Odeio este tempo detergente”, que teve a sua estreia no passado dia 6 de Março, no Teatro São Luiz, em Lisboa.

O título evoca um poema de Ruy Belo. E é sobre a sua obra que se debruça a peça dirigida por Ana Nave – que também a interpreta, ao lado de Maria João Luís – e musicada por José Peixoto.

Ana Nave, também directora artística deste espectáculo, trouxe a poesia de Ruy Belo para o palco, crente de que não é possível fazer a história da poesia portuguesa do século XX sem falar deste poeta que não deixou ninguém indiferente: “Uma obra à qual não é possível colar rótulos e que é atravessada por uma ideia de construção feita de casas, pássaros, árvores, homens em trânsito, jogos de luzes e sombras com o espaço e o tempo.  Em Ruy Belo o humanismo não se explica, expõe-se através de perplexidades.”

O espectáculo reúne uma selecção de 17 poemas da poesia de Ruy Belo muito marcados pelos anos 60. ‘Certas formas de nojo’, ‘Espaço preenchido’, ‘Povoamento’, ‘Elogio a Maria Teresa’, ‘Um dia não muito longe, não muito perto’ são alguns dos poemas que integram o espectáculo e são ditos à vez pelas actrizes.

O cenário é composto por três telões onde se iam projectando imagens a preto e branco, os adereços resumiram-se a dois pares de sapatos, de um lado do palco. Do lado oposto, uma mesa de apoio ao músico José Peixoto, que ao longo do espectáculo ia tocando música ao vivo, e outro par de sapatos.

Foto: ©Estelle Valente / Teatro São Luiz

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