O concelho de Almeirim tem cerca de 400 pessoas com 65 anos ou mais anos que ainda não foram vacinadas contra a covid-16 porque não se conseguem contactar, alertou o município em comunicado.
“Se tem 65 ou mais anos e ainda não foi vacinado ou se sabe de alguém nestas circunstâncias, contacte a unidade de saúde da sua freguesia. As vacinas existem e estão disponíveis para serem agendadas de imediato”, lê-se numa nota divulgada pelo presidente da Câmara Municipal de Almeirim, Pedro Ribeiro.
O autarca deixa um apelo à vacinação, por ser, neste momento, “a única forma […] de controlar e acabar com a pandemia”, sublinhando que “ser vacinado é também um acto de cidadania e de respeito para com os outros, sobretudo aqueles que por motivos de saúde não o podem ser”.
“A imunidade de grupo só se consegue com todos. Por isso, se lhe ligarem, aceite ser vacinado. Por si, por todos”, afirma.
O administrador executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Lezíria, Carlos Ferreira, disse à Lusa que foi decidido acelerar a vacinação da população com 60 e mais anos nos concelhos de Almeirim e de Rio Maior, por serem os únicos da região que apresentam mais de 120 casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias e por esta faixa etária representar 96% dos casos graves e mortes.
Carlos Ferreira afirmou que está a ser conseguida a redução de casos em ambos os concelhos e que a área abrangida pelo ACES Lezíria – Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém – tem, neste momento, “uma percentagem já muito razoável de pessoas protegidas”.
O responsável apontou as 56 mil inoculações já realizadas (18 mil das quais com vacinação completa e 38 mil primeiras doses), a que juntou as 15 mil pessoas que estiveram infectadas e a população com menos de 18 anos, para estimar em mais de 100.000 o número de pessoas protegidas, ou seja, cerca de 50% da população abrangida.
O ACES Lezíria está neste momento a verificar qual a capacidade diária de vacinação disponível para os auto agendamentos, frisando que o sistema aberto no fim de semana não teve em conta as marcações das segundas doses, o que vai obrigar, em alguns casos, a alterar a data e hora gerados automaticamente, adiantou.
Dando o exemplo de Santarém, cujo centro de vacinação tem uma capacidade diária instalada para 500 vacinações, Carlos Ferreira salientou que em vários dias há já agendamentos de segundas doses, como sucede no fim-de-semana de 15 e 16 de Maio, reservado para a conclusão da inoculação dos profissionais do ensino.
Segundo afirmou, muitos auto agendamentos estão a ser feitos para o fim-de-semana, o que se estima acontecer por se tratar de população activa, salientando o facto de as pessoas poderem ser vacinadas numa zona do país diferente daquela em cuja unidade de saúde estão inscritas.