Milhares de jovens portugueses de norte a sul do país e ilhas aderiram no dia 15 de Março, à greve climática estudantil mundial, participando no movimento que uniu alunos de todo o mundo pela mesma causa: A defesa do planeta.

Santarém não foi excepção e contou com dezenas de alunos grevistas, que se juntaram junto ao W Shopping, envergando cartazes alusivos à luta pela protecção do Planeta Terra.

Centenas de milhares de estudantes de 112 países, desde a Suécia ao Uganda, saíram à rua para protestar contra a inacção dos governos no combate ao aquecimento global, num protesto em que os jovens portugueses fizeram questão de juntar a sua voz.

Em várias cidades portuguesas as manifestações fizeram-se de formas diferentes, mas sempre com a mesma mensagem: “Não há Planeta B”.

Em Lisboa, milhares de jovens desfilaram até à Assembleia da República empunhando cartazes onde se podia ler “A Terra esgotou a sua paciência e nós também”, “Justiça climática já” ou ainda “Estado de Emergência”.

Coimbra, Covilhã, Porto, Évora, Portalegre, Faro, Horta e Funchal foram algumas das cidades onde o protesto teve uma elevada adesão, com os estudantes a dizerem-se “fartos de blá blá blá” e a exigirem “justiça climática”, até porque o “capitalismo não é verde”.

Em Portalegre, o protesto fez-se junto ao plátano conhecido por ter a maior copa da Península Ibérica: Cerca de 100 jovens dos 12 aos 17 anos exigiram aos políticos ações contra as alterações climáticas.

Na Covilhã o protesto foi levado a cabo por estudantes da Universidade da Beira Interior que se vestiram de negro, de luto pelo planeta, e a quem se juntaram os agricultores da região.

Nas ilhas, os jovens também se fizeram ouvir: cerca de 30 açorianos protestaram em frente à Assembleia Legislativa enquanto outros 200 madeirenses se manifestavam no Funchal, em frente ao governo.

O Presidente da República saudou a dedicação dos jovens, classificando a greve climática estudantil como uma ideia “muito mobilizadora” para chamar a atenção para o tema.

Os portugueses juntaram-se assim ao protesto mundial que começou há cerca de um ano com apenas uma pessoa: A jovem ativista Greta Thunberg que iniciou um protesto solitário em frente ao parlamento sueco.

Centenas de milhares de jovens de 112 países protestaram em defesa do clima, desde a Finlândia ao Quénia ou de Hong Kong a Nova Deli, juntando-se à iniciativa global #Fridaysforfuture.

Na Suécia, milhares de jovens saíram à rua para exigir acções do Governo, mas também em Itália, França e Alemanha foram milhares os que decidiram participar nos protestos: Em Berlim, por exemplo, contaram-se mais de dez mil manifestantes nas ruas e em Milão foram mais de cem mil.

Na Índia, país que tem algumas das cidades mais poluídas do planeta, estudantes de várias zonas também fizeram questão de se fazer ouvir.

O assunto também mobilizou jovens do Japão, Austrália, Hong Kong e Uganda, onde muitos estudantes participaram nos protestos para chamar a atenção para o aumento repentino de deslizamentos de terra e enchentes no seu país.

A luta por um mundo melhor também se fez em muitos outros países africanos, como o Quénia e a África do Sul. Em Nairobi (Quénia), cerca de uma centena de jovens manifestou-se no bosque de Karura, um dos pulmões da capital e o último bosque indígena dentro de uma cidade.

“Quero que entrem em pânico. Quero que sintam o medo que eu sinto todos os dias”, foi uma das declarações marcantes da jovem sueca de 16 anos, que foi recentemente nomeada para o Prémio Nobel da Paz, durante o discurso dirigido aos líderes do Fórum Económico Mundial, que se realiza anualmente na Suíça.

Alguns políticos criticaram os estudantes, defendendo que deveriam gastar o seu tempo na escola e não nas ruas, por considerarem que se trata de um assunto para especialistas. No entanto, os cientistas têm apoiado os protestos estudantis.

Foto: Carlos Soares

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