Cerca de 800 jovens reúnem-se no próximo fim de semana em Ourém, no 19.º Encontro Nacional de Associações Juvenis, para debater a economia social e preocupadas com o financiamento, foi hoje anunciado.

“Existem alguns problemas e algumas limitações do ponto de vista do financiamento”, afirmou à agência Lusa o presidente da Federação Nacional das Associações Juvenis (FNAJ), Marco Santos, considerando que esta é a “grande questão”.

Segundo o dirigente, uma das principais reivindicações da FNAJ é a “atualização de alguns dos apoios que o Estado tem para a iniciativa jovem, para o programa de apoio às associações juvenis, que já há praticamente mais de uma década não sofre qualquer atualização”.

“Temos o mesmo número de associações a candidatarem-se a estas linhas e quando temos contextos inflacionários como os mais recentes, torna-se ainda mais iminente esta necessidade de atualizar estes mesmos apoios”, declarou.

Marco Santos explicou que o Instituto Português do Desporto e da Juventude tem um programa de apoio ao associativismo, mas, “ainda assim, a larga escala das associações, a FNAJ inclusive, tem de recorrer a outros tipos de estratégias, a outro tipo de programas”.

“Queremos que estas associações, tendo em conta que começa a ser cada vez mais diminuto o financiamento do Estado a estas mesmas associações por via direta dos apoios, que elas possam olhar a outros programas, ao programa Erasmus, ao programa Portugal Inovação Social” ou a outras linhas de apoio, assinalou.

O presidente da FNAJ adiantou que se pretende “criar instrumentos e dar capacitação para que os dirigentes possam aceder a elas da mesma forma que, se calhar, o associativismo dos mais velhos consegue com maior facilidade”.

Por outro lado, Marco Santos considerou haver “alguma dificuldade para muitas vezes [se] conseguir implementar” e estimular o associativismo juvenil.

“Num mundo que está tão difícil para os nossos jovens, não só em termos profissionais, em termos de sair de casa dos pais, entre outras questões (…), por vezes o associativismo acaba por ficar um bocadinho mais para trás, porque não temos os incentivos necessários a que os jovens, efetivamente, queiram ir para esses espaços de trabalho”, referiu, defendendo a necessidade de fazer trabalho com a tutela em matéria dos incentivos à participação juvenil e à iniciativa jovem.

Sobre a iniciativa, o “maior encontro de dirigentes associativos do país”, organizada pela FNAJ, que “representa mais de mil associações juvenis”, Marco Santos salientou que o objetivo é partilhar os anseios dos jovens e quais as soluções que têm para os problemas de Portugal.

“E, no fundo, que também possa sempre haver uma partilha e um contacto associativo e uma mostra daquilo que se faz no nosso país que tem um denominador comum neste fim de semana, que é ser feito por jovens”, acrescentou.

Quanto ao tema do encontro, o dirigente, citado numa nota de imprensa, considerou que “a economia social tem um papel fundamental no que diz respeito ao apoio dos setores mais frágeis da sociedade”, sendo que “o associativismo juvenil já desempenha uma função importante neste âmbito”, embora seja “possível expandir o impacto da sua atuação”.

Os trabalhos decorrem no Teatro Municipal de Ourém (Santarém), com a sessão de abertura prevista para as 11:00 de sábado, tendo a organização anunciado a presença da ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.

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