As candidaturas independentes conquistaram no domingo pelo menos 20 câmaras municipais, incluindo oito com maioria absoluta, mais uma do que em 2021, com um total de 307.217 votos, de acordo com os dados provisórios do Ministério da Administração Interna.
As câmaras de Poiares, Salvaterra de Magos, Condeixa-a-Nova, Aljezur, Figueiró dos Vinhos, Soure, Esposende, Montijo, Santa Cruz das Flores, Mafra e Setúbal estão entre as novas autarquias conquistadas por grupos de cidadãos eleitores (GCE).
Em sentido inverso, os denominados movimentos independentes perderam câmaras em locais como Anadia, Batalha, Borba, Ribeira Brava, Marinha Grande, Peniche, Porto (onde Rui Moreira atingiu o limite de mandatos) ou Ílhavo, autarquia até hoje liderada por João Campolargo, presidente da Associação Nacional dos Movimentos Autárquicos Independentes (AMAI).
Também São João da Pesqueira deixou de entrar nesta contabilidade, uma vez que Manuel Cordeiro, que tinha vencido em 2021 pelo movimento independente Pela Nossa Terra, foi eleito pelo PSD.
Entre os presidentes independentes que foram reeleitos está Isaltino Morais, que ganhou com maioria absoluta em Oeiras.
Os dados reportam-se ao momento em que estavam apurados todos os votos no país, dando também conta da eleição de 135 mandatos no total das câmaras municipais.
Segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE), concorreram a estas eleições autárquicas 618 grupos de cidadãos eleitores.
Em 2021, os candidatos dos movimentos independentes venceram nove das 19 câmaras conquistadas por maioria absoluta e obtiveram 276.961 votos.
Nestas eleições, os grupos de cidadãos eleitores também elegeram 388 presidentes de junta, menos 27 do que há quatro anos, obtendo 438.431 votos nas assembleias de freguesia.