Jaime Ricardo Gouveia, ao centro, recebeu prémio patrocinado pela família de Mário Dias
O Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão (CIJVS) assinalou oficialmente o seu 8º aniversário no passado sábado, 26 de Setembro, com uma sessão solene e a realização da sua 144ª Assembleia de Investigadores no Convento de São Francisco, em Santarém.
A sessão solene foi presidida pelo historiador Martinho Vicente Rodrigues, director do CIJVS, durante a qual foi feita também a apresentação da revista “Mátria XXI”, pela juíza desembargadora Manuela Bento Fialho e proferidas as comunicações “Estará o Mediterrâneo de volta à História de Portugal?”, por Filipe Themudo Barata e “A fundação do Exército”, por Vieira Borges.
Na cerimónia, a primeira que ocorreu após a morte do Patrono do Centro, Joaquim Veríssimo Serrão, Martinho Vicente Rodrigues fez questão de lembrar “o eterno Professor de Santarém”.
“O Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, é uma proveniência prospectiva, dada pelo Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, a cumprir como objectivo a promoção da investigação, a estimular a adopção de práticas e processos abertos de criação, partilha e utilização do conhecimento científico nas áreas das Ciências Sociais e Humanas / Ciências e Tecnologia”, começou por dizer o responsável do CIJVS.
Prestes a atingir os mil membros, o Centro “apresenta uma intensa actividade, de reconhecido prestígio, tendo como base e activo, a doação feita pelo Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão à Câmara Municipal de Santarém, da sua Biblioteca, documentação manuscrita, ficheiros, diplomas e condecorações, em 09 de Novembro de 2009”, relembrou.
Criado no dia 01 de Março de 2011, ao abrigo de um protocolo estabelecido com a Câmara Municipal de Santarém, o Centro de Investigação, “lugar marcante”, abriu ao Mundo no dia 26 de Maio de 2012.
Desde então, afirmou Martinho Vicente rodrigues, o CIJVS já estabeleceu 23 protocolos com Universidades Nacionais e Estrangeiras, Politécnicos, Centros de Investigação, Academias, Associações e Autarquias e marca presença em mais de 30 países, espalhados pelos cinco continentes.
“Não obstante, a efectiva renovação, do Centro de Investigação, continua a ser tarefa difícil e morosa, na força dos ideais, mas sempre a realizar programas e projectos de investigação científica e tecnológica, mais a colaborar com as Universidades e outras instituições”, disse Martinho Vicente Rodrigues.
“Hoje, como ontem, em rigor, a história do Centro de Investigação é feita pelos seus Membros, substanciada com os seus ideais, que nortearam projectos, a patentear contributos para ombrear, em modelo de excelência, inserido no espaço do conhecimento científico nacional e internacional”, concluiu.
No âmbito das comemorações, teve também lugar a entrega dos “Prémios do CIJVS / 2020”, instituídos com o apoio dos mecenas Sociedade Agrícola Quinta da Lagoalva, S.A. e da família do empresário Mário Dias.
Neste ano, foram distinguidos os trabalhos: “O fazer e o agir em Aristóteles, Alasdair MacIntyere e Hans Jonas”, pelo Professor Doutor Tiago Mesquita Carvalho e “Foedus Inire. A estruturação da política imperialista portuguesa na África negra através da criação de uma diocese nos reinos do Congo e Angola (séculos XV e XVI)”, pelo Professor Doutor Jaime Ricardo Gouveia.
Os prémios têm a finalidade de distinguir trabalhos de Membros do Centro de Investigação Nacionais ou Estrangeiros, que tenham com a sua investigação “contribuído de forma notável para o progresso científico”.