O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) confirmou ontem a existência de quatro casos de sarna na unidade hospitalar de Tomar, assegurando que não existe qualquer surto desta doença.
A confirmação surgiu na sequência de um pedido de esclarecimento sobre uma denúncia enviada à Lusa, segundo a qual “vários profissionais” do serviço de medicina 4 da unidade de Tomar do CHMT foram afectados por escabiose, vulgarmente conhecida como sarna, referindo a existência de um surto desta doença.
Na nota enviada à Lusa, o Conselho de Administração do CHMT afirma que “foram identificados nas últimas semanas quatro casos de doença confirmada (um enfermeiro e três assistentes operacionais, sendo que uma estava e permanece de férias)”, estando todos “a fazer tratamento”.
Segundo a nota, “estão garantidas todas as condições de segurança quer para os profissionais quer para os doentes do CHMT, EPE”.
A denúncia enviada à Lusa referia que a doença afectou uns profissionais de forma mais grave que outros, tendo aqueles recorrido a médicos privados e ficado em casa, ao contrário dos que apresentaram sintomatologia mais ligeira, que continuaram a trabalhar.
A denúncia afirmava que alguns familiares destes trabalhadores, nomeadamente crianças, foram infectados, tendo frequentado “a escola e outros locais públicos, tal como os profissionais”.
“É uma situação de risco para a saúde pública e até ao momento não houve qualquer contacto com o delegado de saúde pública no sentido de alguma coisa ser feita”, afirmava, lamentando a ausência de intervenção do conselho de administração.
No seu comunicado, o CHMT afirma que foram desenvolvidos todos “os procedimentos necessários para fazer face à situação dos quatro funcionários referidos, de modo célere, tendo havido um acompanhamento quer por parte da Comissão de Controlo de Infecção – PPCIRA, quer por parte da Saúde Ocupacional, e ainda por parte da Higiene e Segurança no Trabalho estando a situação controlada”.
“O CHMT, EPE reforça não existir qualquer surto nas suas Unidades Hospitalares e garante que se mantém, como sempre, atento e vigilante a todas as situações que exigem intervenção rápida dos serviços técnicos competentes e por forma a garantir toda a segurança aos seus profissionais e doentes”.