O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) iniciou hoje um programa de Hospitalização Domiciliária na sua área de abrangência, com cuidados de saúde “mais humanizados” e em que os doentes poderão ser assistidos nas suas casas.

Em comunicado, o CHMT, que abarca as unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, dá conta de que a Hospitalização Domiciliária teve início com um doente da cidade de Abrantes e com uma doente de Belver (Gavião, distrito de Portalegre), doentes que “passarão a receber em suas casas a prestação de cuidados de que necessitam”.

Citado na nota, o presidente do Conselho de Administração do CHMT, Carlos Andrade, refere que este programa “representa uma nova fase de prestação de cuidados de saúde cada vez mais humanizados, no sentido em que os doentes poderão ser assistidos nos seus domicílios, procurando, assim, que o episódio de internamento domiciliário, que se efectiva dentro da casa do próprio doente, implique o menos possível com a sua dinâmica familiar e com o seu conforto”.

A Hospitalização Domiciliária no CHMT, acrescenta, “é assegurada por uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde – médicos de Medicina Interna, enfermeiros especializados em Enfermagem de Reabilitação e assistente social” -, apresentando-se como uma alternativa ao internamento hospitalar convencional.

Segundo Carlos Andrade, a assistência é contínua, abrangendo os cidadãos que cumpram um “conjunto de critérios clínicos, sociais e geográficos”, permitindo a sua hospitalização no domicílio.

Em declarações à Lusa, a directora do serviço de Medicina Interna do CHMT, Fátima Pimenta, elogiou as “mais-valias” do programa, lembrando que foi o Hospital Garcia da Orta (Almada, distrito de Setúbal) o primeiro a concretizar esta iniciativa em Portugal, em Janeiro de 2015.

“O centro vai ser aqui, em Abrantes, porque é onde está a urgência médico-cirúrgica”, disse a responsável, dando o exemplo do País Basco (Espanha), que actualmente tem 400 camas de internamento domiciliário.

“Ou seja, têm um hospital em casa. Começaram em 1980. É claro que têm de ser doentes orientados, que tenham cuidador, que tenham saneamento básico, essas coisas todas, mas acho que vai ser muito bom, porque as pessoas estão doentes, podem estar em casa e o médico vai lá”, destacou.

O arranque do programa de Hospitalização Domiciliária no CHMT decorre um mês depois da abertura o Hospital de Dia de Medicina Interna no piso 10 do Hospital em Abrantes, que permitiu ‘libertar’ o serviço de Urgências da unidade hospitalar.

“Com este novo serviço pretendemos ter um atendimento diário dos nossos doentes, das várias áreas preferências da medicina interna que nós seguimos aqui, que são as doenças autoimunes, as doenças hematológicas e a área da hepatologia. Aqui damos seguimento a esses doentes, todos os dias, das 09h00 às 19h00, […] e eles não vão ter de passar pela Urgência. Por outro lado, a consulta externa não fica tão sobrecarregada, porque não temos de estar a marcar os doentes de mês a mês e achamos que isto vai ser um benefício para a população e para todos”, explicou Fátima Pimenta.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 255 mil habitantes de 12 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.

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