A comunidade ucraniana que vive em Santarém está a mobilizar-se e a organizar uma recolha de medicamentos, comida e roupa quente para enviar para o seu País Natal, dando assim um contributo aos conterrâneos que enfrentam uma ocupação por parte da Rússia.

A comunidade solicitou um espaço na ex-Escola Prática de Cavalaria de Santarém à autarquia, que rapidamente disponibilizou uma sala que servirá de ponto de recolha dos bens angariados e serão enviados dentro de dias para o País de leste.

Entre os bens pedidos estão produtos alimentares como conservas, carne, massas, arroz, azeite, óleo vegetal, farinha, sal, açúcar, barras energeticas ou frutos secos.

Os voluntários pedem ainda medicamentos, que vão desde cloreto de sódio, seringas de todas as dimensões de insulina, bobinas de fita adesiva reforçada, Adrenalina/norepinefrina, antiviral, entre outros.

São pedidas ainda toalhitas, cobertores, roupas, sapatos, meias, roupa interior, roupas resistentes e produtos higiénicos.

Na passada sexta-feira, 25 de Fevereiro, durante a Assembleia Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Santarém, manifestou a total disponibilidade da autarquia para acolher pessoas oriundas da Ucrânia.

“Relembro que já em anos anteriores, nos prontificamos imediatamente e recebemos, refugiados vindos de outros países do médio oriente. Presto a minha sincera homenagem a todo o povo ucraniano pelo que está a passar. Dirijo-me também a todos os ucranianos, residentes no Concelho de Santarém, com familiares a passar diariamente por este atual estado de guerra, deixando uma palavra de esperança, de força e de compaixão”, disse o edil.

Recorde-se que a Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram cerca de 200 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

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