O primeiro-ministro considerou hoje, em Valada, que a agricultura tem de ser colocada “no centro das preocupações” e defendeu o papel da inovação no sector, sublinhando que o digital é “tão importante como a enxada”.

António Costa falava hoje numa sessão realizada no âmbito da Agroglobal, que se realiza no Mouchão do Esfola Vacas, na freguesia de Valada, concelho do Cartaxo, destinada a apresentar a visão estratégica para a agricultura, alimentação e território, aprovada quinta-feira em Conselho de Ministros.

O chefe do executivo afirmou que a visão estratégica proposta por Costa Silva para a próxima década tem como um dos eixos principais a coesão, a agricultura e a floresta, pelo que, na tradução dessa visão em instrumentos de política, foi aprovada na quinta-feira a agenda para a inovação na agricultura, hoje apresentada pela ministra Maria do Céu Antunes.

No âmbito da visão estratégica para o país na próxima década, “a primeira prioridade foi aprovar uma agenda para a inovação na agricultura”, salientou.

Frisando que “a inovação vai ter um papel fundamental para continuar a assegurar que a alimentação contribui cada vez mais para uma melhor saúde, para assegurar uma maior coesão territorial e maior sustentabilidade ambiental”, Costa sublinhou que o digital “não é o oposto do trabalho agrícola”.

“Cada vez mais as tecnologias da informação são uma ferramenta de trabalho tão importante como a enxada para o trabalho agrícola”, declarou.

Salientando o papel da agricultura, sobretudo no período de confinamento devido à pandemia da covid-19, Costa quis deixar um agradecimento aos agricultores “pela sua capacidade de se terem mantido em actividade e assegurado que nada faltasse na alimentação dos portugueses”.

Costa afirmou ter feito questão de apresentar a agenda para a inovação na agricultura na Agroglobal, certame que tem dado “um grande contributo para a inovação no mundo agrícola”.

Para o primeiro-ministro, foi graças à inovação que Portugal reduziu, na última década, em cerca de 400 milhões de euros por ano o seu défice alimentar e que viu crescer as exportações no sector agro-alimentar, em média, 5% ao ano.

Em 2019, referiu, as exportações do sector representavam 11% da totalidade da exportação de bens no país, sendo os produtos agro-alimentares portugueses colocados em 185 mercados, mais de 50 abertos nos últimos cinco anos.

Costa apontou a estratégia da União Europeia para a recuperação pós pandemia, assente no reforço da resiliência e do acelerar da dupla transição digital e climática, salientando que, nos últimos meses, ficou claro que não é possível ficar dependente de cadeias de valor globalizadas, em que a interrupção num elo leve à ruptura de abastecimento de bens essenciais.

“Por isso, a Europa vai ter de saber produzir mais e melhor”, declarou.

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