Dário Marcelino é motard e presidente do Moto Clube de Rio Maior que completará 25 anos de existência no próximo dia 24 de Setembro.
A paixão pelas motos já vem de tenra idade, “muito antes dos 16 anos” e passados todos estes anos, já somou mais de meio milhão de kms em cima de uma moto.
“O motociclo transmite uma sensação de liberdade única, e uma mobilidade excelente”, afirma.
O Moto Clube de Rio Maior (MCRM) assinalará a 24 de Setembro 25 anos de existência. Como define esse quarto de século?
Muitos altos e baixos, as associações padeceram dos problemas da sociedade, emigração, crises e pandemia, fizeram que muitos se afastassem, no entanto conseguimos cativar 333 sócios, sendo 70% activos.
Nesta edição assina um artigo de opinião que reflecte sobre a sinistralidade com veículos de duas rodas. O comportamento na estrada é uma preocupação para si?
Sim bastante, a perda de um familiar ou amigo num acidente rodoviário é muito doloroso.
“Está nas nossas mãos passar uma vida a andar de moto ou perder uma vida de moto”, afirma no mesmo artigo. A atitude faz toda a diferença?
Sem dúvida, o motociclista como refiro é um elo fraco, como tal uma condução defensiva faz toda a diferença na prevenção de um acidente.
Considera que estamos a voltar aos números de sinistralidade dos anos 90. A que se deve esse aumento?
O motociclo voltou a ser moda, nos últimos anos venderam-se muitas motos, os encartados de ligeiros também poderem conduzir motociclos até 125cc, foi um apelo à mobilidade. Mais motociclos em percentagem mais acidentes.
Tem sido crítico sobre o que chama “os novos motociclistas” no que concerne à “parca formação, fiscalização e infraestruturas”. O que fazer para ultrapassar esse problema?
O meu pai sempre me disse, “se a estrada é má, anda devagar”, as vias continuam más, a formação devia começar na escola pública, as escolas de condução deveriam habilitar com mais perícia, e não o método retrógrado actual. A fiscalização é pouca, a prevenção deveria passar com imagens de choque, talvez as mentalidades mudassem.
Em 25 anos, o MCRM regista alguns acidentes nas chamadas “concentrações e desfiles” mas são quase inexistentes nos passeios que promovem. Porquê?
Temos um regulamento anual de moto turismo, quem participa nos nossos passeios, aceita este regulamento. Com regras é mais fácil, por exemplo quando viajamos em grupo, não são permitidas ultrapassagens.
Ser motar é uma paixão? Há quanto tempo e como surgiu essa paixão pelas motos?
Muito antes dos 16 anos, acho que nasceu comigo, todos me diziam que quando fores mais velho compras um carro e deixas as motos. Passados estes anos já somei mais de meio milhão de kms em motociclos.
O motociclo transmite uma sensação de liberdade única, e uma mobilidade excelente.
Qual é a concentração preferida e o passeio de sonho que já deu?
Com o aumento da família e vida profissional, de quase todas, até ao ano 2000, passei a quase nenhumas concentrações após. Hoje organizo os passeios mensais moto turísticos, o passeio de sonho foi este ano em Julho, rumo aos Alpes, quase 6000 kms em 10 dias, foi realmente fantástico.
O que é preciso para se ser motard no MCRM?
Preencher uma ficha de sócio, pagar uma anuidade, depois é esperar, quem se adapta e gosta fica, quem não, acaba por se afastar normalmente.
Para quem está a dar os primeiros passos neste hobby o que aconselha?
Cativamos muita juventude, a estrada não é uma pista, desfrutem do melhor que as motos têm para dar, a mobilidade e uns bons passeios, de moto fazemos parte da paisagem. Boas Curvas.