A directora de urgência do Hospital Distrital de Santarém (HDS), Luísa Wandschneider, apresentou a sua demissão no início de Dezembro, alegando questões pessoais, disse à Lusa fonte do estabelecimento hospitalar.
Segundo o Hospital, o Serviço de Urgência ainda não tem nova pessoa responsável, pelo que as suas funções estão agora a cargo de dois médicos do HDS.
Num comunicado, o Hospital de Santarém negou a demissão da directora clínica ou de qualquer outro elemento do Conselho de Administração, contrariando notícias veiculadas por alguns órgãos de comunicação social.
“Face às notícias veiculadas por alguns órgãos de Comunicação Social, o Hospital Distrital de Santarém desmente a demissão da directora clínica do HDS ou de qualquer outro elemento do Conselho de Administração”
O HDS lamentou ainda que “no momento difícil que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) atravessa, em particular neste período de recurso elevado às urgências, sejam divulgadas notícias que não correspondem à verdade e que criam mais instabilidade”.
No dia 28 de Dezembro, o Hospital de Santarém atingiu o limite da capacidade de internamento em cuidados intensivos e foi activado o nível 3 do plano de contingência.
Entre segunda e quinta-feira, o Serviço de Urgência atendeu uma média de 400 pacientes por dia, chegando a 481 episódios de urgência na terça-feira.
Dos 1.601 pacientes que passaram pela Urgência nos quatro dias, incluindo 505 na Urgência Pediátrica, 147 tiveram que ficar internados.
De acordo com o hospital, tal como na Unidade de Cuidados Intensivos, a maior parte dos casos atendidos na Urgência dizem respeito a infecções respiratórias.
“Face ao elevado número de doentes na Urgência a necessitarem de internamento, o HDS decidiu activar o nível 3 do plano de contingência, reforçando o número de camas de internamento”, adiantou o hospital.