Professor Doutor Cândido Azevedo, orientalista e estudioso da História da Expansão Portuguesa, convidado pelo Núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes vai realizar no próximo dia 12 do corrente pelas 18 horas no auditório da Associação de Futebol de Santarém, uma conferência intitulada
“O militar português na História do Império Oriental: do servir, da coragem e da ética da maioria, à infâmia de uns poucos”. Esta conferência, amplamente documentada com uma completa e interessante projecção de “slides”, irá levar os participantes a viajar pelo tempo e espaço, qual turismo histórico, ouvindo notícias seguramente desconhecidas da maioria.
Irá falar do Homem Português, onde, em função dos valores e do olhar de cada época então prevalecentes, como a mentalidade reinante e os condicionalismos da história, permitiram a criação de um dos maiores Impérios do mundo, o mais duradouro de sempre, onde, fosse pelo querer de reis, pela visão estratégica de alguns vice-reis, ou pelo esforço e coragem de muitos heróis, uns poucos contrapuseram as traições e saques violentos.
Nascido no Oriente e arquitecto da cidadania e de pontes culturais entre o Oriente e o Ocidente há mais de 40 anos, o Professor Cândido Azevedo, abordará seguramente momentos únicos daquela diáspora oriental, suas personagens e comportamentos.
Falará de um passado partilhado em comum. Falará de um património de afectos e cumplicidades, que nos aproximam e tornam solidários com os povos que lá moram e com o seu presente. Falará dos portugueses nesse Oriente diferente, longe, misterioso, quente, exótico, inigualável, único e deslumbrante.
Desse enorme Oriente onde nem o misticismo e segredos, os actuais ventos da globalização conseguem desvendar. E nós portugueses fomos até lá! Ficámos! Estamos por lá para sempre! Para todo o tempo invocado pela palavra sempre, porque estamos na memória desses povos!
Sabemos que nem tudo foi bom; houve até coisas muito más, quando vistas à luz do tempo actual. Mas corre por aquelas bandas muito sangue misturado, a apelar e intimar à obrigação da compreensão e aproximação, da amizade e consideração.