A Câmara Municipal do Cartaxo assumiu a execução das obras de requalificação da Extensão de Saúde de Valada, que eram da responsabilidade do Ministério da Saúde, de forma a evitar o encerramento dos serviços de saúde em Valada.
O Presidente da Câmara, Pedro Magalhães Ribeiro e a Presidente da Junta de Freguesia, Margarida Abade, não compreendem porque é que o Ministério da Saúde ainda não reabriu a Extensão de Saúde de Valada, uma vez que as obras foram concluídas no passado dia 4 de Abril.
“A Câmara Municipal investiu mais de 36 mil euros, concluiu as obras no dia 4 de Abril, reuniu de imediato com o Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria do Tejo (ACES da Lezíria) para resolver qualquer impedimento que ainda restasse, adquiriu o equipamento que estava em falta para ligar aquelas instalações à rede e a Junta de Freguesia procedeu à sua instalação” e por isto o Presidente da Câmara e a Presidente da Junta de Freguesia exigem – “a reabertura imediata da Extensão de Saúde de Valada”
Em ofício dirigido à directora da ACES Lezíria, Pedro Magalhães Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, voltou a reivindicar a abertura da Extensão de Saúde de Valada. O autarca afirma que manter a aquela Extensão de Saúde encerrada “acarreta graves prejuízos à população da freguesia de Valada e afecta gravemente o seu direito fundamental de acesso a serviços de saúde”.
O autarca lembrou que “a Câmara Municipal assumiu pagar uma obra que é da competência directa do Ministério da Saúde. Desde o inicio do mandato anterior que reivindicámos esta intervenção, promovemos visitas de técnicos e decisores da administração central ao local e disponibilizámos os serviços da Câmara para tudo o que fosse necessário”. A demora em obter uma resposta concreta levou o executivo a assumir o investimento e a avançar com as obras “fizemos o projecto e executámos as alterações que eram exigência do Ministério da Saúde, sempre com o acompanhamento da ACES e da USF”.
Terminadas as obras e informada a ACES Lezíria e a Unidade de Saúde Familiar (USF) D. Sancho I de Pontével, de que as instalações estariam prontas para ser reabertas, decorreu no local uma reunião de trabalho com a presença dos serviços municipais responsáveis, da ACES Lezíria e a USF de Pontével.
Nesta reunião a Câmara Municipal assumiu ainda a responsabilidade, também esta da administração central, de adquirir e instalar os equipamentos de comunicações necessários para que a Extensão de Saúde pudesse estar ligada em rede, “facto de que tomámos conhecimento neste dia e que adquirimos de imediato, tendo a Junta de Freguesia de Valada feito a sua instalação”, explica o presidente da Câmara Municipal, “mas a Extensão de Saúde continua encerrada à população”.
Obras criaram novos espaços e melhoria das condições de acesso
As obras decorreram no interior do edifício, assim como numa das fachadas, com alterações e beneficiações que dão agora resposta às condições técnicas exigidas pelo Ministério da Saúde, Direcção-Geral das Instalações e Equipamentos da Saúde.
Entre as intervenções, destacam-se a construção de um novo compartimento de armazenamento e despejo de resíduos hospitalares, a criação de um novo gabinete médico, a ampliação de vários espaços no interior para permitir o acesso a utentes com mobilidade condicionada, o alargamento da área de circulação de acesso às instalações sanitárias e novos equipamentos e substituição das portas existentes permitindo o acesso de forma desimpedida.
Aquando da assinatura da adjudicação do contrato, o presidente da Câmara Municipal referiu que “as melhorias permitirão o acesso ao edifício e aos cuidados de saúde por utentes com mobilidade condicionada, assegurando “maior dignidade a pessoas que enfrentam já tantos desafios diários”. Para o autarca “honrar o nosso compromisso para com a população, passa por criar igualdade de oportunidades no acesso aos serviços públicos e de garantir que estes são prestados em condições dignas”, lembrando que “quando falamos em mobilidade condicionada, não nos referimos apenas a utentes em cadeira de rodas, mas também a utentes com idade mais avançada ou problemas de saúde específicos”.