O presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Santarém apelou às autoridades para ajudarem a resolver o problema da falta de funcionários de um lar em Fátima, no concelho de Ourém.
Eduardo Mourinha alertou para a falta de trabalhadores no Lar Santa Beatriz da Silva, onde foi detectado um caso de infecção pelo novo coronavírus.
“As autoridades de saúde realizaram testes e enviaram as funcionárias para casa. Ficaram duas ou três irmãs a tomar conta de cerca de 70 idosos”, explicou à agência Lusa o presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Santarém.
Segundo adiantou, é “necessário fazer alguma coisa e evitar que os idosos fiquem ao cuidado de seis ou sete funcionárias”, já que o lar pediu reforço à Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, da qual faz parte.
“Não foram encontrados voluntários. Os que terão sido contactados ter-se-ão recusado a ir”, lamentou ainda Eduardo Mourinha.
O presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, está a acompanhar a situação e disponível para colaborar no que for preciso.
“O lar é da responsabilidade da Segurança Social. Sei que estão a ser realizados testes para despistar a infecção, mas faltam testes. Já fiz contactos para tentar encontrar quem os faça e, neste momento, não é possível”, adiantou o autarca.
Luís Albuquerque acrescentou que quando todos forem testados e for feita a “separação de quem está infectado e não”, o Município disponibilizará um local para receber os idosos.
“Temos vários espaços identificados para dar resposta a estas situações. Mas só o poderemos fazer depois de todos testados”, reforçou.
A irmã Filomena, que assumiu a responsabilidade do lar, confirmou à Lusa estar um grupo pequeno a assumir os cuidados com os idosos, sem especificar quantas pessoas são.
“Desde logo assumi, com outras irmãs e uma ou outra funcionária, o cuidado com os utentes. Há um caso positivo e todos estão a ser testados, aos poucos. As autoridades de saúde mandaram praticamente todas as funcionárias para casa”, afirmou.
Esta responsável garantiu que tem sido possível dar resposta aos idosos, dentro das “dificuldades”.
“As coisas estão calmas e os idosos tranquilos”, assegurou.