Terminou o Festival Celestino Graça 2019. As fotos documentam o ‘Fandangando’ que animou o Largo do Seminário e os momentos de animação no último jantar da ‘Família festivaleira’, composta por Argentinos, Brasileiros, Colombianos, Croatas, Sérvios e Portugueses. Espanha só esteve no Sábado. Uma Festa, que promete regressar em 2020.
“A memória do nosso Fundador, aliada ao exemplo da sua vida e da sua obra, estimulam-nos a manter uma acção empenhada na defesa e na valorização do Festival Celestino Graça, que este ano assinala o 60.º aniversário sobre a data da sua primeira edição – 1959 / 2019.”
Foi com este espírito que decorreu todo o Festival Celestino Graça que no passado domingo teve o seu espectáculo de encerramento. Todos os espectáculos decorreram com forte presença de público, bem como as inúmeras actuações nas ruas da cidade, onde todos os grupos foram muito acarinhados pelo numeroso público que parava para assistir às exibições dos grupos, sobretudo nas ruas o público presente nos espectáculos da Casa do Campino, onde primaram pela qualidade das suas exibições.
Quanto aos grupos portugueses, para além dos dois grupos organizadores, Grupo Académico de Danças Ribatejanas e Grupo Infantil de Dança Regional, marcaram ainda presença o Rancho Folclórico Infantil de Arcena, “Os Tradicionais Rapazes da Grade e Raparigas da Monda” (Azambuja), Rancho Folclórico da Cabeça Veada (Porto de Mós), Rancho Folclórico e Etnográfico de Cernache de Bonjardim, Rancho Paroquial de Guifões, Rancho Folclórico de Vila Nova de Tazem e o Grupo Folclórico de Faro cujas origens remontam aos inícios da década de 1930, sendo o mais antigo grupo de folclore do Algarve em actividade.
Mas o Festival Celestino Graça foi ainda um Salão de Fotografia intitulado “O Ribatejo e as Suas Gentes”, cuja importância se revela como fonte de saber sobre os usos e costumes populares. Vinte dos melhores trabalhos foram expostos na Casa do Campino durante o Festival e o colóquio ‘Alves Redol – Tempo de Evocação!’, numa altura em que se assinala o 80.º aniversário da publicação do livro “Gaibéus” e o 50.º aniversário sobre a data do seu infausto falecimento.
Foi ainda Fado, com a Grande Gala do Fado Amador do Ribatejo, conscientes os organizadores do Festival, da tradição fadista do Ribatejo, região onde nasceram ou residem grandes figuras do Fado, e evocando a presença do Fado nos antigos programas da Feira do Ribatejo, nomeadamente na castiça Caseta dos Marialvas.
Uma Gala que recordou fadistas como Alfredo Loureiro, Carlos Lisboa, Dilma Melo, António Moreira da Silva, António Manuel Pelarigo, entre outros que elevaram os nomes de Santarém e do Ribatejo no panorama fadista. Também os “acompanhadores” Alexandre Tavares, João Assunção Romão, José Vargas Inês e Raimundo Seixas não foram esquecidos.
Finalmente, o ‘Fandangando’, na foto, voltou a encher de animação o Largo do Seminário, na manhã do passado sábado, com a IV Mostra de Fandangos do Ribatejo.
Por todos estes argumentos conclui-se que os 60 anos do Festival foram assinalados com dignidade e boa presença de um público que reconheceu o esforço dos organizadores em honrar dignamente o legado que lhes foi deixado por Celestino Graça.
JPN