A Exposição “Sá da Bandeira – Filho da Vila, Pai da Cidade” foi inaugurada ontem, dia 26 de Setembro, ao final da tarde, na Casa do Brasil, em Santarém, por Inês Barroso, vice-presidente da Câmara de Santarém, juntamente com Jorge Rodrigues, Vereador da Câmara de Santarém e pelo Comandante da Academia Militar, Major-general João Vieira Borges, acompanhados pelo director da Biblioteca e Núcleo Museológico da Academia Militar, Coronel Francisco Amado Rodrigues, pelo chefe de gabinete da Academia Militar, Coronel Jorge Pedro, de Pedro de Sá Nogueira, familiar de Bernardo de Sá Nogueira, entre outras autoridades civis e militares e forças vivas da cidade, que quiseram marcar presença nesta inauguração, que marca o início das comemorações dos ‘150 anos da elevação de Santarém a cidade’.

Esta Mostra abriu no dia em que se assinala o nascimento de Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, e conta com a colaboração e cedência de espólio da Academia Militar, de Pedro de Sá Nogueira, familiar de Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, do arquitecto Carlos Guedes de Amorim, da ACES – Associação Comercial e Empresarial de Santarém, na cedência de espólio e da Biblioteca Municipal de Santarém.

A Exposição encerra no dia 06 de Janeiro de 2019, data em que se assinala a morte de Sá da Bandeira. Neste dia, para além da habitual cerimónia dos Cadetes, de homenagem ao Marquês Sá da Bandeira, junto à sua estátua, na Praça Sá da Bandeira, realizada pela Câmara de Santarém, pela Academia Militar e por familiares e admiradores deste ilustre Scalabitano, a Academia Militar lançou o desafio à Câmara de Santarém de, também neste dia, apresentar, em Santarém, a 1ª Biografia do Marquês Sá da Bandeira para o grande público, de modo a dar a conhecer às gerações mais novas, o grande militar e estadista.

“Sá da Bandeira – Filho da Vila, Pai da Cidade”, aborda a figura do Marquês, sob o ponto de vista do homem, do militar e do estadista, mas também do antiesclavagista, um dos aspectos porventura menos conhecidos deste multifacetado Scalabitano.

No ano em que se comemoram os 150 anos da elevação de Santarém a cidade (a data da assinatura do decreto da elevação de Santarém a Cidade é 24 de Dezembro), a Casa do Brasil apresenta esta exposição sobre a figura de Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo (1795-1876), 1.º Marquês de Sá da Bandeira, um dos responsáveis pelo novo estatuto jurídico da urbe.

Dividida por quatro salas, esta iniciativa retrata uma das figuras mais ilustres de Santarém, enquanto político, como importante líder do movimento setembrista em Portugal.

A exposição apresenta objectos pessoais, bibliografia diversa, artes plásticas (pintura, escultura e gravura), fotografia e numismática. Conta também com uma vertente multimédia, com a exibição de apresentações e filmes ligados ao contexto histórico e à vida e obra de Sá da Bandeira.

A Sala 1 apresenta-nos “O homem”, e pretende fazer o enquadramento familiar de Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, com vistas da casa onde nasceu, em 26 de Setembro de 1795 e do seu túmulo no cemitério de Santarém.

Estão expostos objectos pessoais legados pelo marquês à Academia Militar, como o braço artificial, garfo e faca de campanha, ou a corneta acústica.

Está patente a sua rica iconografia, enquanto 1º barão (1833), 1º visconde (1834) e 1º marquês de Sá da Bandeira (1864), presente quer em Artes Plásticas (Pintura e Escultura), quer em Fotografia ou Numismática.

A Sala 2 apresenta-nos “O militar e o político” e procura registar Sá da Bandeira, enquanto militar e estadista.

Na primeira vertente apresenta-se a sua carreira, desde que assentou praça, em 1810, no Regimento de Cavalaria 11, passando pelos vários ramos e especializações que adquiriu.

Simultaneamente, uma apresentação multimédia dá o enquadramento da época, com destaque para a guerra peninsular e as guerras civis de 1828-34 (Guerras Liberais) e de 1846-47 (Patuleia). São expostos objectos do espólio pessoal pertencentes à Academia Militar como a espada, pasta de despacho do Ministério da Guerra, sinetes, carimbos e falerística diversa.

Na segunda vertente dá-se conta do seu percurso político, desde a adesão à causa liberal até ao desempenho das funções ministeriais.

A Sala 3 apresenta-nos “O antiesclavagista” e faz eco da dimensão ética de Sá da Bandeira, que tinha como princípios básicos a igualdade e a liberdade política, bem como o papel determinante que teve na abolição da escravatura em Portugal.

Através da bibliografia escrita pelo próprio, explorar-se-á outra das suas preocupações, muito ligada com o desenvolvimento económico das províncias ultramarinas portuguesas.

Duas apresentações multimédia, imagens estáticas e um friso alegórico apresentam o drama da escravatura. São apresentados igualmente os monumentos erigidos ao marquês, quer em Lisboa, quer em Santarém.

Na Sala 4 é apresentado o Filme “Sá da bandeira e a sua época”, cedido por Pedro Manique, investigador de Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo.

A Exposição “Sá da Bandeira – Filho da Vila, Pai da Cidade”, que pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, abre o “mote” para a Exposição “150 anos – de 1868 a 2018 – Urbanidade – Elevação de Santarém a Cidade, que vai decorrer em seis espaços da cidade (praças, ruas e jardins) e na Casa do Brasil, durante o ano de 2019.

(notícia desenvolvida na edição impressa de 05 de Outubro)

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