A Diocese de Santarém quer duplicar o número de famílias de acolhimento até ao início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorre de 01 a 06 de agosto em Lisboa, e apela à inscrição de mais voluntários.
Com capacidade para acolher cerca de 75.000 peregrinos, em 300 espaços coletivos e 620 famílias já inscritas, o Comité Organizador Diocesano (COD) de Santarém, uma das três dioceses de acolhimento dos mais de um milhão de peregrinos aguardados na JMJ, apela à inscrição de mais voluntários, até sexta-feira, e também de mais famílias de acolhimento.
“A experiência do acolhimento em famílias é muito mais rica do que em espaços coletivos. As pessoas que já participaram em jornadas anteriores e que ficaram em famílias dão sempre um testemunho muito forte deste acolhimento”, refere o COD Santarém, em resposta a questões colocadas pela agência Lusa.
Segundo o COD Santarém, a peregrinação dos símbolos da Jornada durante o mês de junho na Diocese “está a ajudar muito neste trabalho, porque está a despertar as comunidades que agora começam a acreditar que a JMJ vai mesmo acontecer”.
“Esperamos conseguir duplicar este número até à Jornada”, indica, adiantando que foi já iniciado o trabalho de organização da distribuição dos jovens, apesar de não se saber ainda quantos peregrinos serão recebidos na Diocese.
A organização refere que está, também, a finalizar a formalização dos espaços disponibilizados por autarquias, associações e outras entidades e que estão a ser realizadas vistorias pelas entidades oficiais para assegurar que os locais reúnem as condições necessárias, uma verificação que inclui os espaços para a realização das catequeses ‘Rise Up’.
Prossegue, igualmente, a formação dos voluntários, “para estarem preparados na semana da Jornada para todos os trabalhos” necessários, acrescenta a COD Santarém.
O COD Santarém considera que os mais de 2.000 voluntários já inscritos permitem “responder às necessidades”, mas salienta que quantos mais forem, mais facilmente poderá “responder às solicitações durante a semana da JMJ”, pelo que reforça o apelo à inscrição nas paróquias até sexta-feira.
Salientando que a JMJ “vai mesmo acontecer e vai mexer com a dinâmica” das comunidades, o COD Santarém apela à participação dos cidadãos, lembrando que se trata do “maior evento que o país já acolheu”.
“A JMJ tem o poder de nos obrigar, enquanto Igreja, a olhar para fora das nossas portas e isso é bom, porque nos permite ser parte ativa da sociedade e construir a JMJ com os talentos de todos. Por isso, o apelo que fazemos é a que se juntem a nós como voluntários, até dia 30 de junho, ou como famílias de acolhimento, porque juntos podemos construir uma Jornada muito melhor”, sublinha.
As Dioceses de Santarém, de Lisboa e de Setúbal, que têm a função do acolhimento durante a semana da JMJ, não irão, por isso, acolher peregrinos na semana anterior, nos chamados “Dias nas Dioceses”.
A Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 01 e 06 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.