Joaquim Martinho tomou posse esta sexta-feira, como presidente da Associação de Futebol de Santarém, sucedendo a Francisco Jerónimo no cargo.

No acto eleitoral de 28 de Fevereiro, o projecto “Missão e Proximidade” (Lista A e única), reuniu 145 votos, havendo ainda a registar dois votos em branco.

Foram, assim, eleitos os corpos sociais para o mandato 2025-2028 que, além do novo presidente, contam com Francisco Jerónimo como presidente da Assembleia-Geral; Victor Batista como presidente Conselho de Justiça; João Careca enquanto presidente do Conselho Fiscal; Orlando Mendes na presidência do Conselho de Disciplina e Jorge Maia como presidente do Conselho de Arbitragem.

Durante a sessão de tomada de posse, o presidente da Assembleia Geral, Mário Albuquerque, deu posse ao novo presidente daquele órgão, Francisco Jerónimo, que assim troca a direcção pela Assembleia Geral da AF Santarém.

Numa abordagem muito crítica sobre o futebol em Portugal, Mário Albuquerque manifestou um “sentimento de inquietação” pelo estado a que chegou o futebol, defendendo a “desejável pacificação” em redor do mesmo.

“Hoje proliferam, cada vez mais, comportamentos perfeitamente marginais, alimentados por lamentáveis crispações clubísticas contaminadoras de um ambiente que se desejava mais saudável e de convívio, respeito mútuo e fair-play”, considerou.

“Mais grave ainda se torna quando constatamos que os “incendiários” são muitas vezes inspirados pela postura de alguns dirigentes desportivos”, criticou.

“O futebol está a transformar-se num lugar mal frequentado, onde as famílias deixam, infelizmente, de ter lugar, sob pena de serem vítimas de enxovalhos e os mais repugnantes e indiscritíveis exemplos de retrocesso civilizacional”.

Quanto à nova direcção que tomou posse, o agora ex-presidente da Assembleia considerou que “um novo ciclo se inicia”.

“Acredito no valor desta nova equipa que irá liderar a nossa Associação. Não tenho dúvidas que saberá honrar os nossos pergaminhos e o valoroso testemunho herdado dos presidentes Rui Manhoso e Francisco Jerónimo”, concluiu.

‘Toni’ representa FPF

António Oliveira “Toni”, director da FPF, foi quem representou a Federação Portuguesa de Futebol na tomada de posse.

A ‘velha glória’ do futebol português e do Benfica reconheceu que “não há futebol profissional de excelência sem uma base forte. É aqui que tudo começa, nas associações”, frisou.

“Eu sou fruto desse trabalho, da carolice de muitos, no caso na Associação de Aveiro”. A paixão pelo futebol leva-os por essa entrega, tudo começa nas associações”, salientou.

António Oliveira afirmou em Santarém que “o futebol profissional e o movimento associativo têm de andar de mãos dadas”, desejando “sorte” a Joaquim Martinho à frente dos destinos da AF Santarém.

Francisco Jerónimo: “gratidão a todos os que me ajudaram neste percurso”

Na hora de deixar a direcção da AF Santarém e assumir os trabalhos da sessão já como presidente da Assembleia Geral, Francisco Jerónimo fez um breve, mas comovido, balanço de um ciclo de 13 anos que agora terminou.

“Estabelecemos com os nossos clubes, parceiros e patrocinadores uma relação de proximidade e partilha de objectivos que tornaram possíveis acções de viabilização do futebol e do futsal distritais. Atingimos 10 mil atletas, 210 árbitros o que só foi possível com o grande serviço público dos clubes, dos agentes desportivos envolvidos, do indispensável apoio das autarquias e também da Federação Portuguesa de Futebol”, notou.

Dirigindo-se a António Oliveira, director da FPF, Francisco Jerónimo lembrou que 98 por cento dos atletas movimentam-se no seio das associações, pedindo para “os dirigentes desportivos desta base da pirâmide, o estatuto do dirigente associativo que tem vindo a ser adiado”.

“Que a Federação coloque na sua agenda esta preocupação. São milhares de dirigentes que começam a sua actividade à segunda-feira de manhã e acabam no domingo à noite, em prol do serviço público, indispensável à formação dos mais jovens,” defendeu Francisco Jerónimo.

“Chegou a hora de exprimir o meu profundo sentimento de gratidão a todos os que me ajudaram neste percurso. A associação tem o futuro assegurado com esta equipa, está no bom caminho e vai continuar a ser uma associação de referência”, concluiu.

Joaquim Martinho: “Serei o presidente de todos os clubes”

Coube ao novo presidente da AF Santarém, Joaquim Martinho, encerrar as intervenções na sessão da tomada de posse: “Em 2004, quando Rui Manhoso me convidou para integrar a direcção da AF Santarém estava longe de imaginar que passados 20 anos estaria agora a tomar posse como presidente da nossa centenária associação”, notou.

Joaquim Martinho enumerou os princípios que são a base da missão deste novo corpo directivo da AF Santarém: “ter melhores treinadores e melhores dirigentes é querer mais qualidade no nosso futebol, aumentar o número de atletas e clubes é o nosso desígnio, vamos encontrar parceiros para dar ‘naming’ às nossa competições, pretendemos mais clubes certificados, queremos assegurar a ética e a integridade no futebol distrital, somos os garantes da independência dos conselhos de disciplina, justiça e arbitragem. Existem muitos clubes do distrito a disputar provas do INATEL tudo faremos para resgatá-los para a AF Santarém, e o mais importante ouvir e apoiar os nossos clubes”, anunciou o sucessor de Francisco Jerónimo à frente da direcção da AF Santarém.

Sobre o trabalho desenvolvido pelo seu antecessor, Joaquim Martinho sublinhou a Academia, obra na qual a associação está empenhada e se deve “ao mérito de Francisco Jerónimo, que sonhou, idealizou e ficará sempre ligado à Academia”, considerou.

“Nos últimos mandatos, sobre a sua liderança e orientação formamos verdadeiramente uma equipa coesa que nunca vacilou. O Francisco foi sempre um capitão dentro e fora do campo. Recebo hoje um enorme legado, uma casa estável e organizada, espero estar à altura da responsabilidade que o cargo exige e tudo faremos para melhorar os índices de crescimento dos últimos mandatos”, referiu Joaquim Martinho para quem o agora empossado novo elenco directivo da AF Santarém “é garantia de uma equipa forte”.

“Ampliámos a zona de representação no distrito. Sabemos o que queremos, e daremos continuidade a tudo de bom que tem sido feito, mas não abdicaremos de impor ideias novas. Serei o presidente de todos os clubes, encaramos este mandato com enorme sentido de responsabilidade e despidos de clubismos, o nosso clube é a AF Santarém”, prosseguiu.

As últimas palavras na primeira intervenção já como presidente da AF Santarém, foram para a equipa que garante diariamente o funcionamento da associação, incluindo o gabinete técnico, “superiormente coordenado pelo secretário-geral Filipe Batista. Contem connosco com a mesma intensidade que esta direcção conta convosco”.

“É uma enorme honra tomar posse como 31.º presidente da Associação de Futebol de Santarém”, concluiu. JPN

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