O presidente do Politécnico de Santarém, José Mira Potes, demitiu-se esta quinta-feira, 27 de Fevereiro, na sequência de divergências com os directores das cinco escolas do instituto sobre o plano de ajustamento financeiro que propôs.

A demissão de José Mira Potes foi apresentada durante uma reunião do conselho geral do Instituto Politécnico de Santarém (IPS) e aceite por unanimidade pelo órgão.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Conselho Geral, Francisco Madelino, sublinhou “a dignidade” e “disponibilidade” de José Mira Potes para gerir o IPS, durante o processo de ajustamento impostos pela tutela, devido ao desequilíbrio orçamental da instituição.

A destituição do presidente da direcção era defendida pelos directores das cinco escolas superiores do IPS – Agrária, Desporto, Educação, Gestão e Saúde – que num documento conjunto manifestaram discordância pelo Plano de Ajustamento Orçamental apresentado à tutela e que previa uma redução de despesa de cerca de um milhão de euros.

Para os directores das cinco escolas, o corte impediria a contratação de professores e a prossecução do ano lectivo, pelo que, caso o plano fosse aprovado, pediriam esta quinta-feira a destituição da direcção.

Porém, a destituição acabou por não ser votada já que, segundo Francisco Madelino, o presidente “percebendo que havia divergências profundas foi capaz de pôr o lugar à disposição de forma a que os interesses do Instituto ficassem salvaguardados”.

O Conselho Geral vai voltar a reunir no dia 4 de Março para delinear o processo eleitoral e tomar medidas que permitam, “junto da tutela, garantir que o plano de ajustamento está a ser construído, o que implica necessariamente uma capacidade de todo o meio académico em convergir e ser capaz de fazer um contracto social”, afirmou Madelino.

Até à eleição de uma nova direcção, a gestão do IPS será assegurada pelos vice-presidentes da instituição.

O plano de ajustamento que gerou a discórdia tinha sido entregue à tutela no dia 31 de Dezembro e era uma das medidas impostas pelo Grupo de Monitorização e Controlo Orçamental das Instituições de Ensino Superior Público, que em Novembro de 2019 considerou o IPS “em situação de crise institucional grave”, juntamente com os politécnicos de Castelo Branco e Tomar, somando no conjunto dificuldades financeiras no valor global de 5,9 milhões de euros.

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