A alfaiataria Londres era propriedade de Folgado e Almeida, funcionava na rua Luís de Camões, 6 e foi fundada em Abril de 1951. No estabelecimento podia-se encontrar “um variado e moderno sortido de fazendas e à frente da qual trabalha um habilitado contramestre diplomado pela Academia Nacional de Corte” (CR, 2/6/1951, p. 3). A alfaiataria executava “confecções para homem, senhora e criança. Toda a espécie de fardamentos, obras de cinta, [sendo] exclusivista das inconfundíveis fazendas Desporte-X, Superbus, Champion” (CR, 25/12/1953, p. 11).

Em Abril de 1953, para comemorar o seu segundo aniversário, a firma publicou na imprensa fotografias da sua frente de loja, gabinete de provas e sala de espera produzidas pela casa fotográfica de Grandela Aires. A alfaiataria garantia que era “um padrão vivo de bom gosto ao serviço da economia” (CR, 11/4/1953, p. 3) a confeccionar os seus fatos e tailleurs e que se distinguia pela forma criteriosa como servia os seus clientes.

Em 1955, a publicidade da alfaiataria Londres alertava “não deixe o certo pelo duvidoso. Ter a certeza é melhor do que experimentar. É uma insofismável certeza ao serviço da economia e da arte de bem-vestir” (CR, 7/5/1955, p. 3). Em Setembro desse ano, a Casa precisava de costureiras. Ainda nesse ano, “1000$00 é o preço que lhe custa um fato completo pronto a vestir, “em lã”, de modernos padrões confeccionados na Alfaiataria Londres que acaba de receber directamente do fabricante um variado sortido de lanifícios. Impermeáveis de plástico, reforçados, de variadas cores para homem e senhora a 160$00 e 185$00 respectivamente. Preços especiais para obra de senhoras” (CR, 29/10/1955, p.3).

Teresa Lopes Moreira

Foto: Alfaiataria Londres, montra, sala de espera e gabinete de provas. Fotografi as Grandela Aires publicadas no “Correio do Ribatejo”, 11/4/1953, p. 3.

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