Salvaterra de Magos, 21 de Julho, 22 horas. Corrida à Portuguesa. Cavaleiros: António Ribeiro Telles, Luís Rouxinol e Miguel Moura; Forcados: Amadores de Santarém e do Ribatejo; Ganadaria: Vale Sorraia; Director de Corrida: Manuel Gama; Veterinário: Dr. José Luís Cruz; Tempo: Ameno; Entrada de Público: 2/3 da Lotação.

A segunda corrida da temporada em Salvaterra de Magos registou uma agradável presença de público, em noite de justa homenagem ao cavaleiro António Ribeiro Telles na oportunidade da celebração do 40.º aniversário da sua alternativa. Os toiros de Vale Sorraia estavam bem-apresentados mas não facilitaram a vida aos toureiros, à excepção do que foi lidado em último lugar pelo marialva de Monforte, que saiu em plano de triunfador. Tinham trapío, impunham algum respeito, mas saíram mansos e distraídos. 

António Ribeiro Telles lidou com o saber de sempre um toiro manso e de estranhas investidas, distraído, como o foram os restantes. É frente a este tipo de toiros que se afirmam os mestres, porém nem assim se alcançam os grandes triunfos. António Ribeiro Telles esteve em plano de lidador, com muita dignidade. Frente ao segundo do seu lote a conversa foi outra. Lidando-o com a categoria que lhe é habitual, desenhando vistosamente cada sorte e colocando a ferragem como mandam as regras, António Ribeiro Telles deu expressão ao seu estilo de toureio, arrimando-se como se tivesse de provar alguma coisa a alguém. Muito bem!

Luís Rouxinol enfrentou inicialmente outro manso, com poucas opções, mas que ainda assim permitiu um início de lide razoável, contudo, viria a menos e o labor do marialva de Pegões naturalmente ressentiu-se disso. No quinto da ordem, que saiu muito melhor, pudemos apreciar Luís Rouxinol no seu registo habitual. Bem a lidar, rigoroso na colocação da ferragem e artista inspirado nos remates de cada sorte, terminou com nota alta cravando um excelente par de bandarilhas. Este é um dos toureiros que nunca está mal, tal é o seu afã e a sua experiência, estribada em muito saber e muito valor.

Miguel Moura pouco pôde fazer frente ao seu primeiro oponente, embora tivesse andado num registo de muita dignidade. Lá viria o último da corrida frente ao qual nos foi dado apreciar uma lide de grande qualidade. Arriscou, pisou os terrenos do toiro, carregando cada sorte, e adornou a sua lide com os ladeios que são marca da casa, empolgando o muito público que se lhe rendeu por completo. Triunfou em noite de muita inspiração e de muita vontade e determinação!

As pegas estiveram confiadas aos Grupos de Forcados Amadores de Santarém e aos Amadores do Ribatejo, tendo estes pegado apenas dois toiros, porque o sexto se inutilizou e recolheu aos currais sem ser pegado. 

Pelos Amadores de Santarém foram solistas Francisco Faro e Vasco Salazar, que consumaram boas pegas à primeira tentativa, e Pedro Valério, que consumou a sua sorte à segunda, por o toiro lhe haver passado ao lado. Na segunda tentativa a reunião não foi perfeita, mas o forcado emendou bem, e consumou com boa ajuda do Grupo. Três jovens que aí estão para garantir o futuro.

Pelos Amadores do Ribatejo foram “caras” André Laranjinha e Ricardo Regueira, consumando ambos as suas sortes ao primeiro intento, com boas ajudas do Grupo.

A corrida foi bem dirigida por Manuel Gama, que esteve assessorado pelo médico veterinário Dr. José Luís da Cruz. Ao início, guardou-se um minuto de silêncio em memória do antigo cavaleiro Rui Alexandre, e ao intervalo foi homenageado António Ribeiro Telles.

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