O Ministério Publico deduziu acusação na segunda-feira, 27 de Maio, contra um médico, de 63 anos de idade e residente em Tomar, por crimes de participação económica em negócio e falsificação.
Segundo nota da Procuradoria da República da Comarca de Santarém, o médico que exerceu funções na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Urqueira, Ourém, está acusado por entre Janeiro e Outubro de 2014, período de tempo durante o qual, a pretexto de não lhe ser permitido emitir atestados médicos para renovação de carta de condução no centro de saúde, o arguido solicitava para si próprio 20 euros por cada atestado que emitia na sua clínica privada, deixando tal documento no centro de saúde onde cobrava aquela quantia a cada utente, à revelia do centro.
O mesmo comunicado refere que “noutra ocasião o arguido emitiu um atestado sem ter consultado ou sequer visto o utente, a pedido de uma escola de condução”.
A acusação, deduzida pela 2.ª secção de inquéritos de Tomar especializada em crimes económicos e financeiros, também foi promovida a aplicação de pena acessória de suspensão de funções no serviço público e a condenação do arguido ao pagamento das quantias indevidamente recebidas.
A investigação foi executada pelo Departamento de Leiria da Polícia Judiciária e está em curso o prazo para abertura de instrução que, a não ser requerida, determinará a remessa do processo para julgamento perante tribunal singular.