A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e o Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, acompanharam na quarta-feira, 27 de Agosto, as vindimas nos concelhos do Cartaxo e de Alpiarça.
Ao longo do dia, os dois governantes participaram na vindima da Adega Cooperativa do Cartaxo e da Quinta da Lagoalva, onde aproveitaram para explicar as medidas de crise para o sector do vinho, lançadas recentemente pelo Ministério da Agricultura, visando garantir melhores condições de estabilização e retoma socio-económicas.
A região do Tejo tem também estado em crescimento, quer em valor quer em volume de vinho certificado. A região do Tejo produz cerca de 60 milhões de litros de vinho por ano. Mas se há dois anos certificava apenas 13 milhões de litros, em 2019 certificou 20 milhões de litros e, em 2020, já certificou 15 milhões de litros, entre Janeiro e final de Junho.
Também nas exportações cresceu neste primeiro semestre, relativamente ao período homologo do ano passado com um crescimento superior a 30%. O Brasil é o seu primeiro mercado de exportação, mostrando excelentes resultados em 2020. Só no primeiro semestre de 2020 a região do Tejo exportou para o Brasil a mesma quantidade de vinho que havia exportado em todo o ano anterior, devido em grande parte ao incremento das vendas online neste país. Relativamente à vindima em curso prevê-se não haver oscilações relativamente ao ano passado, tendo os produtores afirmado ser um ano de excelente qualidade.
O Ministério da Agricultura já definiu um pacote de medidas de crise para apoio ao sector dos vinhos, no valor de 18 milhões de euros. Deste valor, 12 milhões de euros destinaram-se à destilação de vinho e 6 milhões de euros para o armazenamento.
“Os resultados consolidados das medidas de crise adoptadas demonstram uma boa adesão por parte dos produtores nacionais. Pelo facto de não se ter esgotado a dotação total de 18 milhões de euros, não houve, assim, necessidade de rateio, tendo-se conseguido uma maior flexibilidade nos instrumentos financeiros que o Governo colocou à disposição do setor”, refere a Ministra da Agricultura.
Maria do Céu Antunes salientou ainda que “foi fundamental dar resposta às necessidades do sector, operacionalizando, com celeridade e em diálogo permanente, os mecanismos de apoio previstos, permitindo aos operadores planear a vindima e gerir adequadamente os seus stocks. Isto tendo sempre em vista garantir apoio a um regresso gradual a uma situação normal de mercado”.
O montante global final destinado às medidas excepcionais de apoio ao sector vitivinícola foi de cerca de 11 milhões de euros: 2600 milhões de euros para o apoio ao armazenamento e 8.400 milhões de euros para a destilação de crise.