É certo e sabido que Portugal está na moda, denotando-se esta tendência nas taxas de ocupação hoteleira registadas recentemente. No entanto, estará o interior do país a beneficiar desta nova onda de vinda de turistas? Por outro lado, estará o sector preparado para esta nova realidade? A NERSANT apresentou em Santarém e Torres Novas algumas ferramentas para incrementar a competitividade destes negócios.
Estas e outras questões foram introduzidas por António Campos, Presidente da Comissão Executiva da NERSANT, nas duas reuniões que a associação empresarial realizou com o sector, para apresentar alguns projectos de interesse para o sector da hotelaria e turismo. “O turismo tem sido forte em Portugal, mas não em todo o país”, referiu António Campos, acrescentando que os empresários da região devem aproveitar esta tendência, “inovando e modernizando o seu negócio, para que os mesmos possam chegar a este novo público que tem procurado Portugal”.
As duas sessões, realizadas na Lezíria do Tejo, em Santarém, e no Médio Tejo, em Torres Novas, prosseguiram com a apresentação de algumas ferramentas em prol da competitividade das empresas deste sector de actividade. A NERSANT começou por dar a conhecer o SI2E, sistema de incentivos que pretende estimular o surgimento de iniciativas empresariais e a criação de emprego em territórios de baixa densidade e por essa via promover o desenvolvimento e a coesão económica e social do país. Este sistema de incentivos permite apoiar investimentos até 235 mil euros, e onde entram investimentos, por exemplo, com a aquisição de equipamentos.
A Linha de Crédito Capitalizar Mais foi outro dos instrumentos apresentados. António Campos advertiu as empresas presentes que esta linha “é uma boa solução para as empresas com projectos candidatados ao Portugal 2020, para financiar a parte dos projectos não elegível”. Referiu ainda que esta é uma linha que vai “esgotar rapidamente”, dado o seu interesse para as empresas: trata-se, disse, de uma linha que permite financiamento para fundo de maneio, que oferece três anos de carência e mais nove anos para pagamento do investimento. Para além disso, completou o Presidente da Comissão Executiva da NERSANT, “financia até 10 por cento a compra de terreno e até 50 por cento, a compra de uma infraestrutura”.
Formação-ação disponível para o turismo com financiamento a 90 por cento
E se os apoios materiais são importantes, na mesma medida o são os apoios imateriais. Para além dos apoios anunciados, António Campos focou-se na formação, que considera essencial à competitividade destes negócios. Referiu, por isso, que é “fundamental termos bons negócios – rentáveis – mas termos conhecimento efectivo desse mesmo negócio”. Apresentou o Melhor Turismo 2020, projecto de formação-acção direccionado exclusivamente para o sector da hotelaria e turismo, com financiamento de 90 por cento.
“A formação-acção, pela conciliação entre formação teórica e consultoria especializada na empresa, foi considerada a melhor metodologia de formação para as empresas”, começou por transmitir à plateia, acrescentando que actualmente “não basta ter empresas modernas, sem que as mesmas estejam organizadas e em constante actualização”. É neste domínio, explicou, que o projecto Melhor Turismo 2020 pode ser diferenciador, uma vez que proporciona “um investimento nas competências na área da gestão. O que acontece é que o empresário conhece bem o seu negócio, mas não tem muitos conhecimentos ao nível da gestão do mesmo”. Este programa, continuou, vem responder a esta necessidade, de duas formas essenciais: através de formação teórica em sala, mas essencialmente através de consultoria especializada e directa junto da empresa.
Para mais informações sobre qualquer um dos projectos apresentados, a NERSANT está disponível para esclarecimentos através dos contactos 249 839 500 ou geral@nersant.pt.