Marquem nos calendários: a partir de setembro de 2023, Portugal irá disputar o Mundial de Rugby, em França.

A estreia de Portugal será contra a poderosa Seleção do País de Gales, no dia 16 de setembro de 2023, país que ocupa neste momento o 7º lugar do ranking mundial que é liderado por outra seleção europeia, a Irlanda.

Aliás, neste momento, nos 5 primeiros lugares do ranking mundial temos 3 seleções europeias, situação pouco comum ao longo dos últimos anos perante a demonstração de poderio da Nova Zelândia, África do Sul e Austrália, países já com mundiais conquistados e que somam um total de 8 títulos em 9. O único país fora deste dominador trio do rugby mundial, que conquistou um mundial, foi a Inglaterra já no longínquo ano de 2003.

Portugal chega a este mundial pela segunda vez na sua História, regressando a França onde se disputou o famoso mundial de 2007 e onde a então geração de Lobos, nome pelo qual ficaram conhecidos os nossos jogadores desde 2001/2002, tanto deram nas vistas: pelo feito então alcançado, pela garra posta em campo e por uma incansável e constante demonstração de amor a Portugal.

Tal como nesse apuramento, então jogado a duas mãos contra o Uruguai, a Jornada do Dubai voltou a ter todo um dramatismo que fará com que aquele jogo contra os Estados Unidos da América fique gravado como o maior empate da História do Rugby nacional (16-16).

O pontapé aos postes do Samuel Marques, na derradeira jogada do encontro, permitiu o merecido encontro de todo aquele Grupo de Trabalho com a glória, bem como de todos os jogadores que ao longo destes 3 anos deram o seu contributo para este apuramento, a par da sua Equipa Técnica e todo o Staff que envolve uma Seleção.

Na edição de 19 de novembro de 2021( https://correiodoribatejo.pt/fernando-santos-e-patrice-lagisquet-realidades-distintas-por-ricardo-segurado/ ) escrevi neste jornal sobre Futebol e Rugby.

Um ano depois, e conhecendo o Selecionador Nacional de Rugby, Staff e jogadores que integram a Seleção Nacional, o orgulho naqueles rapazes é total. E assim seria mesmo que, por infortúnio e imerecidamente, não tivessem atingido este grande objetivo.

A nossa Seleção é um misto de profissionalismo e amadorismo. De atletas profissionais a jogar no estrangeiro, fundamentalmente em França, com atletas a jogar nos Clubes Nacionais e que trabalham. É por isso comum vê-los a trabalhar ao computador num lounge de um aeroporto, numa sala de hotel. E a organizar a sua vida profissional entre consultas e reuniões com as sessões de treino. Esta demonstração de amor ao Rugby, que evidenciam constantemente, nos Clubes, na Seleção, bem como nos Lusitanos, a Franquia Nacional, deve e merece ser nacionalmente reconhecida.

Os jogadores de Rugby são especiais. A forma como recebem e sentem a camisola que vão envergar num jogo, entregues em cerimónias de Equipa, entre palmas e nervosismo, em que muitos beijam a camisola e encostam-na ao peito, outro beijam e olham o céu ou apenas a recebem e rezam, é um dos momentos mais fantásticos que se pode viver numa Equipa de Rugby. Aqueles momentos, carregado de misticismo, de foco e concentração, marcam-me ao longo destes meses em que tenho tido a honra de estar como Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Rugby. Ver o respeito com que recebem uma camisola que representa o país e a forma como a tratam, é de facto um momento que me acompanhará para sempre.

Porque, naquele momento, o seu Amor ao Rugby é todo evidenciado com uma clara assunção do papel de Guardiões de uma Camisola Nacional.

Com o respeito que a mesma merece.

Obrigado, Lobos de 2007!

Obrigado e força, Lobos de 2023!

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