A Feira Nacional de Agricultura (FNA), a decorrer de 02 a 10 de Junho em Santarém, elege este ano o olival e o azeite como temas de destaque, dando visibilidade a um sector com “uma importância económica crescente”.
Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), que organiza o certame, disse, em conferência de imprensa, que o tema deste ano se impõe pela “qualidade” e “impacto” da produção de azeite na economia do país.
A 55.ª edição da Feira Nacional da Agricultura/65.ª Feira do Ribatejo vai contar com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na abertura do certame, dia 02.
Este debate acontecerá num momento em que se conhece já o orçamento da União Europeia posterior a 2020, que, frisou Oliveira e Sousa, “poderá eventualmente trazer algum aperto ao sector agrícola”.
O ‘World Olive Oil Summit’ (WOOS) reunirá especialistas nacionais e internacionais da fileira, contando igualmente com a presença do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, adiantou.
Ainda no âmbito da iniciativa, decorrerão, nos dias 07 e 08, o Congresso Nacional de Azeite e o Simpósio de Olivicultura, ficando patente uma mostra de azeites premiados e exposições de pintura e fotografia.
No dia 08 de Junho, estarão presentes no Congresso Mundial sobre o Azeite os comissários europeus da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, e da Ciência, Investigação e Inovação, Carlos Moedas, para a discussão sobre os “Grandes Desafios para a Agricultura no Futuro”.
O olival e o azeite estarão igualmente em destaque no Salão Prazer de Provar, que este ano terá um espaço dedicado ao azeite e uma área expositiva destinada ao sector, bem como acções de cozinha ao vivo, com chefes a demonstrarem como usam este “tempero de qualidade superior”.
O largo de acesso à entrada do CNEMA estará transformado num “olival”, ajudando a conhecer os diferentes exemplares e os vários tipos de azeitona que se produzem, havendo ainda um “jardim das oliveiras”.
O secretário-geral da CAP e administrador do CNEMA, Luís Mira, referiu o que afirmou ser já “uma marca” da FNA, as “Conversas de Agricultura”, um programa diário de seminários e colóquios técnicos que irá mobilizar seis mil pessoas ao longo do certame, entre os quais representantes de associações de agricultores vindas de Espanha, França, Grécia, Itália e das instituições europeias e nacionais, especialistas do sector e dirigentes associativos.
Oliveira e Sousa afirmou que este ano o certame vai “puxar mais” pelas tradições ribatejanas associadas ao cavalo, levando as provas equestres para a “zona nobre, com um recinto próprio, com características em tudo semelhantes a um recinto olímpico, com piso específico, com todas as condições” para os eventos que vão acontecer.
O presidente do CNEMA destacou ainda as comemorações do centenário do Ministério da Agricultura, que decorrerão no dia 09, culminando com uma apresentação da Escola Portuguesa e Arte Equestre, que fará “uma apresentação com toda a pompa e dignidade”, encerrando o programa equestre do certame.
Oliveira e Sousa realçou o facto de a FNA continuar a ser o espaço onde o sector mostra “a sua grande expressão, a nível nacional”, convidando a “população do país a associar-se à agricultura” durante a primeira semana de Junho.
À mostra da produção nacional, agrícola e pecuária, o certame junta a gastronomia, os produtos regionais, a promoção e divulgação da maquinaria e equipamentos, dando a conhecer a tecnologia e a inovação e proporcionando espaços de reflexão e debate, acrescentou.
Os visitantes podem contactar diretamente com o mundo rural, adquirir o que de melhor se produz no país, provar a gastronomia, tanto a que se apresenta no Salão Prazer de Provar, onde se encontram os premiados dos concursos nacionais para escolher “os melhores dos melhores”, como a que é servida nos restaurantes dedicados às raças autóctones ou nas tasquinhas exploradas por clubes e associações do concelho.
O certame conta ainda com a participação de associações e cooperativas agrícolas, mostra de artesanato, venda comercial diversa, tendo este ano o CNEMA criado mais zonas de sombreamento e instalado sistemas de arrefecimento também na nave C e na área de restauração exterior.