No actual momento de modernização da Agricultura, a IRRICAMPO mantem-se fiel à aposta que fez desde o início da sua actividade: manter e melhorar o serviço que presta aos clientes. 

Desde a primeira hora com forte presença na AgroGlobal, a empresa tem sido uma referência no desenvolvimento do regadio em Portugal.

Santarém é palco de duas importantes feiras agrícolas, ao longo do ano: a Nacional de Agricultura e a Agroglobal, ambas “relevantes no panorama regional e nacional, cada uma com as suas características”, assegura. 

No entanto, João Ferreira entende que se “deveria avaliar bem se faz sentido e se há necessidade de fazer em anos alternados e separadas por três meses, no mesmo local, duas feiras agrícolas, onde os expositores e visitantes são praticamente os mesmos”, afirma ao ‘Correio do Ribatejo’ o CEO da empresa,

“Teremos que continuar a reinventar-nos para superar os desafios, muitos inesperados, que vão surgindo no nosso dia-a-dia”, conclui João Ferreira.

O que representa hoje no mercado o vasto historial da Irricampo, uma empresa que este ano completa 43 anos e quais são os maiores activos da empresa para o futuro?

Os maiores activos da Irricampo, são os nossos colaboradores com o seu profissionalismo dedicação e conhecimento técnico, que em conjunto com a estabilidade económico-financeira da própria empresa, são os factores diferenciadores essenciais que nos tornam a principal referência no mercado de rega agrícola, transmitindo fiabilidade, segurança e confiança.

De que forma a Irricampo tem participado no crescimento do mercado nacional de rega automatizada?

A Irricampo representa e trabalha com marcas líderes mundiais, como a Valley, a Netafim, a Progrés e a Regaber, fabricantes e distribuidores líderes de mercado que investem milhões de euros anualmente no desenvolvimento de novos produtos e por isso, a Irricampo pode disponibilizar com regularidade soluções inovadoras, incorporando-as nos sistemas de rega que instala há mais de quatro décadas.

Quais são as prioridades da Irricampo neste momento e os maiores desafios da empresa?

As prioridades da Irricampo são manter um serviço irrepreensível para os nossos clientes e a estabilidade económico-financeira. Um dos maiores desafios no mercado da rega, tal como em muitos outros setores da nossa economia, é a falta de mão-de-obra, o qual esperemos não ser de facto um factor limitante ao desenvolvimento da nossa agricultura e por arraste às empresas instaladoras de sistemas de rega.

Quais são as principais culturas que beneficiam da tecnologia de rega da Irricampo?

Todas as culturas permanentes, com destaque para olival, amendoal, vinha e pomares, e as culturas anuais, como por exemplo milho, hortícolas, melão, frutos vermelhos, relvados, entre outras.

Santarém é palco de duas importantes feiras agrícolas, ao longo do ano: a Nacional de Agricultura e a Agroglobal. Em qual se revê mais e porquê?

Ambas têm sido feiras relevantes no panorama regional e nacional, cada uma com as suas características. No entanto, creio que se deveria avaliar bem se faz sentido e se há necessidade de fazer em anos alternados e separadas por três meses, no mesmo local, duas feiras agrícolas, onde os expositores e visitantes são praticamente os mesmos. 

A Agroglobal assume-se como ponto de encontro de profissionais do sector agrícola e montra de toda a fileira agro-pecuária e florestal. Quais os temas que, no seu entender, deveriam constar na agenda do certame?

O programa da Agroglobal é diverso, com colóquios abrangentes a nível dos principais temas macro da agricultura moderna. Seria ainda mais completo se abordasse temas de carácter mais técnico, formativo, para além do carácter político. 

Como vê a evolução desta Feira ao longo destas dez edições?

A Agroglobal evoluiu muito ao longo das 10 edições. No futuro terá forçosamente de se ir reinventando e ir ao encontro do que a nova geração de agricultores pretende e valoriza, mantendo o certame interessante para os expositores pois são estes que alimentam a mesmo. 

Como vê o papel dos sucessivos governos da Nação na defesa dos interesses dos agricultores em Portugal?

A Agricultura deverá ser encarada como um setor estratégico da nossa economia. Não é prudente basear uma economia maioritariamente no sector terciário, dependendo em grande medida de importações para abastecimento de bens essenciais às famílias, como são os produtos agroalimentares. Apesar do crescimento das suas exportações agrícolas, Portugal continua a importar mais do que exporta. O défice da balança comercial dos produtos agrícolas e agro-alimentares (excepto bebidas) atingiu 5.170,0 milhões de euros em 2024, segundo o INE.

Quais são, em seu entender, os grandes problemas globais que se verificam hoje ao nível da agricultura em Portugal e no Mundo?

A falta-de-mão de obra a todo o nível, os efeitos das alterações climáticas, as consequências dos conflitos armados e o impacto do xadrez geopolítico que se joga a nível internacional, afetando os preços das matérias-primas, levando a tendências proteccionistas e influenciando de forma determinante o comércio mundial.

Os incêndios, a escassez de água, as alterações climáticas são preocupações do nosso dia-a-dia. De que forma podemos conviver com elas e aliviar os seus efeitos ao nível do negócio?

Resiliência, determinação e inteligência, são vitais para a sobrevivência da espécie humana. Teremos que continuar a reinventar-nos para superar os desafios, muitos inesperados, que vão surgindo no nosso dia-a-dia.

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