Foto: Rita Valério
Foto: Rita Valério

‘Arinto & Touriga by Renata Abreu’ é a nova garrafeira de Santarém, inaugurada na passada semana. Um espaço pensado há dez anos que só agora vê a luz do dia. É uma garrafeira com todas as regiões representadas, com uma oferta variada e um Wine bar onde há a possibilidade de provar diariamente mais de 25 vinhos a copo.

Renata Abreu trabalha no sector dos vinhos há 20 anos, e maioritariamente nos mercados de exportação. Aplaude o caminho adoptado pela CVR Tejo para uma “estratégia comum de crescimento” e não duvida: “Os vinhos do Tejo estão em boa forma e recomendam-se!”

Como surgiu a ideia de abrir este negócio em Santarém?

Trabalho no sector dos vinhos desde 2004, e passei por empresas como a Quinta da Alorna no Tejo, na Quinta Nova N. Sr.ª do Carmo no Douro e José Maria da Fonseca na Península de Setúbal, com a responsabilidade da área comercial de exportação.

Sempre disse que queria ter a minha garrafeira aos 50 anos [cumpridos no passado dia 5] e a ideia surgiu há cerca de 10 anos, quando percebi que não conseguiria trabalhar no mundo da exportação até à idade da reforma, por ser muito exigente em termos de disponibilidade, violento pelas horas de voos, jet lag e dias fora de casa. E também percebendo que em Santarém não existia nenhum conceito igual.

Reforcei a ideia de implementação do negócio, quando percebi que a restauração da cidade melhorou substancialmente, e que o público-alvo para este negócio começou a aumentar, logo uma oportunidade de negócio.

O que podemos encontrar na ‘Arinto & Touriga’ e como define este novo espaço em Santarém?

É uma garrafeira com todas as regiões representadas, com uma oferta variada e um Wine bar onde tem a possibilidade de provar diariamente mais de 25 vinhos a copo.

Desta forma, é possível degustar vinhos harmonizados com umas tapas, sem o compromisso de comprar um produto que não conhece. Pretendo que os clientes tenham uma experiência diferente e que comprem vinhos com garantia de satisfação, após a sua prova.

Porquê ‘Arinto & Touriga’?

Porque são as minhas castas preferidas e estão representadas em todas as regiões vitivinícolas.

São castas que funcionam muito bem a solo (monovarietais) ou em vinhos de lote (Blends).

Arinto porque dá frescura e capacidade de guarda aos vinhos brancos e a Touriga Nacional porque tem uma personalidade forte, marca os vinhos tintos pelos aromas florais e taninos aveludados.

A “Arinto & Touriga” para além da loja física tem também um espaço de vendas ‘online’. O que se pode encontrar lá?

Por enquanto temos apenas loja física na Av. D. Afonso Henriques, 57, em Santarém, a loja online está no plano de expansão do negócio, mas ainda não tem data de lançamento definida.

O conceito do espaço não é apenas garrafeira. Que actividades estão previstas nos próximos meses na loja e fora dela?

Sim, temos o espaço de wine bar, onde estamos a planear algumas provas com enólogos, apresentação de novos vinhos, mas com datas a definir. Faremos a publicação assim que possível.

A Renata Abreu tem uma longa ligação aos vinhos, nomeadamente ao mercado de exportação. Como vê o crescimento dos Vinhos do Tejo dentro e fora de portas?

Sim, trabalho no sector dos vinhos há 20 anos, e maioritariamente nos mercados de exportação. Os vinhos do Tejo estão em boa forma e recomendam-se! Trabalhei na região entre 2004 e 2009, na Quinta da Alorna, e foram anos muitos difíceis pela reputação que a região tinha na época. Neste momento, penso que a região está no bom caminho, tem uma estratégia comum de crescimento e de comunicação das principais castas Fernão Pires e Castelão e isso permite que a região fale a uma só voz e que marque a diferença comparativamente a outras. A qualidade dos vinhos aumentou significativamente, os enólogos têm todas as ferramentas disponíveis para fazer bons vinhos e a viticultura tem vindo a ser vista como a base da produção de vinhos, pois é onde tudo começa, por isso, tem tudo para continuar a crescer nos vários mercados. Os produtores têm que acreditar no seu trabalho, garantir qualidade continua e valorizar os seus produtos.

Leia também...

“No Reino Unido consegui em três anos o que não consegui em Portugal em 20”

João Hipólito é enfermeiro há quase três décadas, duas delas foram passadas…

O amargo Verão dos nossos amigos de quatro patas

Com a chegada do Verão, os corações humanos aquecem com a promessa…

O Homem antes do Herói: “uma pessoa alegre, bem-disposta, franca e com um enorme sentido de humor”

Natércia recorda Fernando Salgueiro Maia.

“É suposto querermos voltar para Portugal para vivermos assim?”

Nídia Pereira, 27 anos, natural de Alpiarça, é designer gráfica há seis…