Foto ilustrativa

Quatro projetos agrícolas para dar a conhecer as melhores técnicas de rega e conservação do solo nas regiões do Oeste, Mondego, Golegã, Coruche, Trás-os-Montes e Dão vão ser executados até março, com financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian.

O financiamento, que ronda os 70 mil a 100 mil euros por projeto, segundo a fundação, destina-se a produtores agrícolas, é baseado em demonstrações no terreno e tem como objetivo promover a partilha de conhecimento sobre práticas sustentáveis de gestão do solo que têm impacto direto na disponibilidade e na conservação da água.

Os quatro projetos selecionados, entre 36 candidaturas apresentadas a concurso, abrangem o estudo de vinha, pomares, milho e castanha, culturas onde vão ser testadas práticas agrícolas em diferentes tipos de solo, climas e necessidades hídricas.

Nessas culturas vão ser testadas diferentes abordagens tecnológicas, como rega enterrada, rega deficitária controlada (que utiliza menos água mantendo o rendimento das culturas) ou água residual tratada para rega agrícola, visando promover melhor utilização da água num contexto cada vez mais marcado pela escassez hídrica e pelas alterações climáticas.

O objetivo, explica a fundação em comunicado, é capacitar os agricultores com conhecimento sobre tecnologias que aumentem a capacidade de infiltração e retenção de água no solo e criar uma rede de partilha e aprendizagem das técnicas de rega e conservação do solo que mais contribuem para a resiliência da agricultura aos desafios de disponibilidade hídrica.

Na região do Oeste, em vinhas e pomares vão ser testadas as vantagens da utilização de cobertos vegetais nas entrelinhas das culturas permanentes predominantes, comparando áreas com enrelvamento e áreas sujeitas à mobilização convencional do solo, com uma monitorização contínua e uma partilha de dados em tempo real.

Também na região do Dão vão ser demonstradas práticas sustentáveis de condução e programação da rega e de gestão do coberto vegetal do solo, para sensibilizar e capacitar os viticultores e técnicos para a gestão integrada da água e do solo.

Esta iniciativa procura responder às necessidades identificadas por organizações e especialistas do setor agrícola, potenciar a adoção de inovação e a sua modernização e aumentar a rede de organizações com experiência no desenvolvimento de iniciativas de demonstração de boas práticas na gestão sustentável do solo e gestão hídrica, adianta a fundação em comunicado.

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