A Proteção Civil prolongou esta quinta-feira, 1 de Agosto, o estado especial de alerta amarelo até segunda-feira, 5 de Agosto, face à continuação de condições meteorológicas favoráveis ao risco de incêndio rural e anunciou o reforço de meios e da vigilância aérea e terrestre.

A informação foi prestada aos jornalistas por Pedro Nunes, comandante adjunto operacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, que justificou a decisão de prolongar o estado de alerta amarelo devido a questões meteorológicas (vento e baixa humidade do ar) e ao facto de Agosto ser o mês em que há mais afluxo de pessoas para o interior do país, o que aumenta o risco de ignições em meio rural.

Embora não se esperem temperaturas extremas até segunda-feira, prevê-se a manutenção das condições meteorológicas observadas nos últimos dias, num quadro de vento moderado a forte, quer diurno quer nocturno, e humidade relativa baixa em toda a região sul do vale do Tejo e no interior norte, com especial incidência nos distritos de Castelo Branco e Guarda.

Para enfrentar estes factores críticos, Pedro Nunes referiu que a Proteção Civil vai aumentar a vigilância aérea e terrestre, com recurso aos aviões de observação e vigilância que integram o dispositivo de combate a incêndios florestais, havendo ainda a intenção de recorrer aos ‘drones’ da Força Aérea para cumprir a missão em causa.

Na vigilância terrestre – adiantou o mesmo responsável – a vigilância vai ser reforçada com meios da GNR e da Força Aérea, antevendo-se mais “patrulhas espalhadas pelo território nacional”, com maior incidência no interior do país. No total, haverá um reforço de 100 efectivos.

O estado de alerta – precisou Pedro Nunes – vai vigorar nos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Portalegre, Évora, Beja e Faro. “São estes os distritos que sofrerão as maiores adversidades meteorológicas”, previu.

O comandante adjunto da Proteção Civil apelou para que cada cidadão que se desloque ao interior do país seja um “vigilante” da floresta, por forma a “aumentar a resiliência” do território face aos problemas dos incêndios rurais.

No período diário de maior calor e incidência de vento, a Proteção Civil pede aos habitantes das zonas rurais que não utilizem as máquinas agrícolas ou as máquinas de combustão, como motosserras, por forma a evitar eventuais ignições, sendo ainda pedido que não usem o fogo sob qualquer pretexto.

Quanto aos meios aéreos, Pedro Nunes revelou que esta componente de combate a incêndio está “praticamente toda operacional” e que já hoje actuou num incêndio ocorrido em Loulé, Algarve.

Admitiu, porém, que para o dispositivo aéreo estar completo faltam três helicópteros ligeiros.

Leia também...

Tenente Coronel da GNR morre aos 49 anos vítima de ataque cardíaco

Pedro Frota, Tenente Coronel da GNR residente em Samora Correia morreu na…

Marcelo Rebelo de Sousa marcou eleições legislativas para 6 de Outubro

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou esta quinta-feira, 1…

Distrito de Santarém em alerta amarelo

Santarém e os restantes distritos de Portugal continental estão em alerta amarelo…

Professora que matou marido em Abrantes afirma que agiu em legítima defesa

A professora acusada de ter matado o marido, no verão de 2018,…