Quatro estradas nacionais dos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Santarém e Portalegre estão hoje à tarde cortadas devido a incêndios rurais, anunciou a GNR.
Segundo um ponto de situação das 16:20 enviado às redações, em causa está, no distrito de Aveiro, a Estrada Nacional (EN) 224 entre Arouca e Real, com corte nos dois sentidos, e, no distrito de Castelo Branco, a EN233, também nos dois sentidos, entre Pedrógão e Águas.
A EN362, no distrito de Santarém, está interditada no troço entre Alcanede e Aldeia da Ribeira, em ambos os sentidos, tal como a EN18, entre Vila Velha de Ródão (distrito de Castelo Branco) e Nisa (Portalegre).
Cerca de 2.500 operacionais estão hoje à tarde mobilizados para o combate aos nove fogos rurais mais significativos do país, dos quais se destacam os de Ponte da Barca (distrito de Viana do Castelo), com mais de 700 operacionais e já com mais de 24 horas, segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, e de Arouca/Castelo de Paiva (distrito de Aveiro), com mais de 400, que lavra desde sábado.
São ainda considerados ocorrências significativas pela Proteção Civil, pela sua duração ou meios envolvidos, fogos rurais nos concelhos de Nisa, onde uma pessoa ficou desalojada, Ponte de Lima, Sever do Vouga, Baião, Penafiel, Penamacor e Alcanede, segundo o ‘site’ daquele organismo, pelas 17:50.
Em diferentes localidades foram já evacuadas povoações, por prevenção, com os autarcas a pedirem mais meios operacionais para o terreno. Alguns bombeiros ficaram feridos sem gravidades durante as operações.
Metade dos 175 incêndios rurais registados no país entre o início de segunda-feira e as 11:00 de hoje foram ocorrências noturnas, informou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, num balanço às 12:00, a que se seguirá outro às 19:00.
Em conferência de imprensa na sede do organismo, em Oeiras, o comandante Mário Silvestre precisou que na segunda-feira foram registadas 124 ocorrências e, entre as 00:00 e as 11:00 de hoje, mais 51.
O incêndio de Lindoso/Ponte da Barca, que consumiu “cerca de 2.000 hectares” entre a noite de sábado e as 08:00 de hoje, estava àquela hora “estabilizado”, continuando os “trabalhos de consolidação do mesmo”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, e a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, deslocaram-se hoje à sede do organismo para acompanharem a “situação crítica” dos incêndios.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou estar a acompanhar a evolução dos incêndios em permanente contacto com os autarcas, considerando correta a estratégia de proteger as povoações das zonas atingidas pelo fogo.