O Sindicato dos Jogadores (SJ) condenou esta sexta-feira, 30 de Outubro, a “gestão financeira e desportiva irresponsável” da CD Fátima SAD, depois de ter sido desmarcada uma reunião dos jogadores com o Sindicato.

Em comunicado, o órgão sindical afirma que os comportamentos do clube são “graves e perspectivam uma época muito difícil”.

“As últimas épocas desastrosas, mas a última em particular, demonstraram uma gestão financeira e desportiva irresponsável, com múltiplos falsos vínculos amadores e relações laborais precárias, deixando os jogadores numa situação de forte precariedade laboral, o que motivou por duas vezes, em 2019/2020, o accionamento do Fundo de Garantia Salarial”, garante o SJ.

O organismo refere que promoveu anteriormente a “mediação para a solução que garantiu a sobrevivência da SAD”, onde foi liquidado o Fundo de Garantia Salarial e celebrado um acordo para liquidação das dívidas aos jogadores, mas acusa o clube de ter incumprido o acordo estabelecido “logo após a primeira prestação”.

“Além de não cumprirem com o acordado, os dirigentes da CD Fátima SAD construíram o plantel para a nova época assente na mesma ideia de criação de expectativas quanto a pagamentos aos jogadores, promovendo alguns contractos que são, manifestamente, uma forma de fugir ao regime do contracto de trabalho desportivo. Admitindo o estatuto de jogador amador, o clube comprometeu-se a liquidar o essencial dos jovens jogadores”, denuncia.

O SJ diz que a persistência destes comportamentos voltou a deixar os jogadores em situação de fragilidade económica, algo que considera “vergonhoso e absurdo”.

“Os relatos chegados ao Sindicato revelam ainda uma precariedade das condições de treino, promovida por uma SAD que foi forçada a mudar-se do local e cidade a que pertence. Acresce que face à precariedade das relações e à atitude intimidatória dos dirigentes, a maioria dos jogadores teme retaliações. Foi nesse contexto que ontem foi desmarcada uma reunião com o Sindicato”, sublinha.

O Sindicato dos Jogadores deixou a garantia que “não deixará de apoiar nenhum jogador no que necessite”, mas vinca que exigirá ao organizador da competição “uma solução imediata e drástica que ponha termo a esta situação que degrada a imagem do futebol português”.

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