A seleção surdolímpica da Ucrânia está concentrada no Centro de Alto Rendimento (CAR) de Rio Maior, a caminho dos Jogos Surdolímpicos no Brasil, em Maio, anunciou a Federação Portuguesa de Natação (FPN).
A comitiva conta com 15 nadadores e seis técnicos e mudou-se para Rio Maior proveniente do Funchal, a caminho dos Surdolímpicos de 01 a 15 de Maio.
A investida militar russa em solo ucraniano ‘apanhou’ a equipa na Madeira, mudando-se agora para o CAR de Rio Maior ao abrigo de um protocolo entre a FPN, o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e os municípios que alberguem CAR.
“Estamos gratos a Portugal e à FPN pela preciosa ajuda que nos tem vindo a dar. Estamos numa situação difícil, porque não sabemos o futuro do nosso país”, declarou a treinadora Olena Kuznitsova, citada em comunicado.
A FPN vai ainda colocar em Lagos uma treinadora e uma atleta de natação artística da Ucrânia, face à situação geopolítica em curso, bem como vários atletas de polo aquático.
O guarda-redes da seleção portuguesa Nikolay Yanochko, ucraniano de nascença, “regressou de uma viagem em que trouxe vários atletas”, adianta a nota federativa.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia, que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.