António Ribeiro, Arlindo Consolado Marques, José Freitas e José Gaspar são os fotógrafos que participam na exposição de fotografia patente até 14 de Setembro no jardim das Portas do Sol, sobre o tema “Tejo… Vida e agonia de um rio”, que pretende alertar a população para a problemática da poluição do principal rio português.
Com curadoria de Paulo Semblante Mendes e inserida na programação da iniciativa “Verão In.Str… é um espanto!”, esta exposição conta com quatro painéis temáticos, um deles dedicado à memória, um à paisagem, outro à avifauna e um à poluição.
“Entre o Alviela e o Tejo” é o painel dedicado ao Tejo de antigamente, onde se trabalhava, brincava e de onde se podia beber água, numa recolha de imagens feita por José Gaspar.
Este conjunto de fotografias traduz a vivência e a relação que a comunidade de Vale de Figueira tinha com o rio, manifestada e registada por três fotógrafos: José Carlos Lucas, Livrelino e José Gaspar Júnior.
“Instantâneos vividos no Tejo” é o painel de António Ribeiro, dedicado à paisagem. O deslumbramento da paisagem tagana que o rio e o homem moldam é o dom natural que o fotografo fixa, regista e transmite. Da Ribeira de Santarém a Salvaterra de Magos, em ambas as margens, a paisagem fotografada mostra a singularidade de cada recanto do rio em vários momentos do dia.
Dedicado à avifauna do Tejo, o painel do fotografo José Freitas, “Diversidade de habitats”, retrata aves tanto migratórias como residentes, sejam elas aquáticas, de rapina ou pequenas aves terrestres. Águia-pesqueira, uma espécie bastante ameaçada, Colhereiro, Garça-boieira, Íbis-preta, Garça-branca-pequena, Garça-nocturna, entre outras, podem ser vistas nas fotos deste painel, todas captadas na ilha do Escaroupim, um local com uma importante colónia de aves.
O quarto painel, dedicado à poluição no rio, da autoria de Arlindo Consolado Marques, acérrimo defensor do Tejo contra os interesses das grandes indústrias que o poluem e que acompanhou os tempos e testemunhou as alterações e os atentados poluentes que o rio tem sofrido, sobretudo nos últimos anos, mostra em imagens “uma triste realidade de um rio português em pleno século XXI”.