O grupo musical Charanga ‘Os Batatas’ foi fundado em 2018 e nasceu no seio de um grupo de amigos que decidiram aliar a sua amizade ao gosto pela música. Samuel Matos (Clarinete), Ricardo Viegas (Saxofone), Carlos Silva (Trompete), João Pratas (Trompete), André Matos (Trombone), Luís Estudante (Tuba), Fernando Belila e Bruno Vilelas (Percussão) têm percorrido os bailes e festas da região.

Quais as vossas influências musicais? Nós gostamos, acima de tudo, de fazer “boa música”. Tentamos chegar a todo o público, pois o nosso repertório é diversificado. Tocamos música tradicional portuguesa, os temas Pop do momento, pasodobles e preparamos repertório para determinado evento. O nosso grupo é muito versátil. Somos muito profissionais e todos damos o máximo em prol do grupo.

Como definem o vosso projecto? Somos um grupo de músicos muito amigos e que consegue unir-se e fazer boa música. O Samuel Matos, o Carlos Silva e eu, Luís Estudante, somos músicos profissionais, professores em vários Conservatórios e Bandas de Música do país. Fazemos, também, parte de algumas bandas militares (eu, na Força Aérea Portuguesa e o Carlos, na Guarda Nacional Republicana); O Ricardo é uma pessoa muito dedicada ao Saxofone e fez formação na área da música, encontrando-se, para além da “outra” vida profissional, a dar aulas na Academia de Música Salvaterrense; O André é um jovem com muito talento e encontra-se a estudar na Escola de Música “Canto Firme”, em Tomar. Já fez algumas masterclasses de instrumento e fez alguns estágios de Orquestra; Os nossos percussionistas têm uma grande química entre si: já tocam juntos há muito tempo, na Sociedade Instrução Coruchense. O Fernando Belila tem muita experiência, pois tem uma bonita carreira na área da música, tocando inclusive em grupos de Rock e é um baterista de excelência. Acima de tudo, gosta de transmitir os seus conhecimentos e a sua experiência aos outros, nomeadamente ao Bruno Vilelas, que tem a música como um hobbie mas que dá o máximo de si e é, também ele, um elemento preponderante para o sucesso do grupo. A Sociedade Instrução Coruchense é a nossa ‘casa mãe’.

Porquê uma ‘Charanga’? Elegeu-se o termo “Charanga” já a pensar nos principais contextos e locais onde o grupo se apresentaria: festas populares, romarias, mostras gastronómicas, exposições… Iniciámos a nossa bonita história em 2018 e já tivemos a oportunidade de participar em muitas actividades e iniciativas que nos deixam muito felizes e orgulhosos pelo nosso percurso. Posso falar de algumas delas, como por exemplo, a final do Campeonato Nacional de Rugby (Lisboa, 2019), o Grande Arraial de Benfica (Lisboa, 2019), Festa de Recepção ao Caloiro (Escola Superior de Música de Lisboa, 2019), o Festival Internacional de Folclore “Celestino Graça” (Santarém, 2019), os Festivais dos “Sabores do Toiro Bravo” e do “Arroz Carolino” (Coruche, Benavente e Samora Correia, 2018 e 2019), as Jornadas de Gastronomia e o Festival do Balonismo (Coruche, 2019), o Festival do Cogumelo (Parreira, 2019). Para além das inúmeras festas populares…

O que tentam transmitir ao público que assiste aos vossos espectáculos? Tentamos, acima de tudo, que o público se divirta com a nossa música e com a nossa boa-disposição. Procuramos sempre inovar em aspectos que acrescentem algo mais ao grupo, desde o repertório, passando pela indumentária… Todos nos divertimos muito durante as animações e o mais reconfortante é ver o sorriso do público e o carinho com que somos acolhidos.

Onde é que o público pode encontrar o vosso trabalho? Parte do nosso trabalho está registada na nossa página de Facebook em ‘charangaosbatatas’, é o nosso principal meio de divulgação, pois é aí que colocamos os nossos vídeos, as nossas fotografias, os directos online. Hoje em dia, é essencial ter as redes sociais actualizadas e interagir com as pessoas por esse meio.

Peripécias durante os concertos são já algumas? Todas as nossas animações são, por norma, histórias engraçadas. Recordo-me de um casamento em Santa Eulália, para o qual ficou estipulado que deveríamos chegar ao local às oito. Estranhámos, chegámos cedíssimo ao Alentejo, mas o certo é que às oito estávamos lá! Tal não foi o nosso espanto quando nos informaram que era às oito… mas da noite! Era impossível ficarmos, pois muitos de nós já tínhamos compromissos profissionais para essa tarde. Mas nada se perdeu! Acabámos por não fazer a animação do casamento, mas o centro de Santa Eulália ainda hoje deve recordar essa manhã: tomámos o pequeno-almoço e tocámos até nos cansarmos… (risos).

Que projectos pretendem desenvolver no futuro? Para este ano já temos alguns projectos em andamento e que nos deixam muito felizes. Desde logo, a nossa primeira experiência internacional: iremos estar em Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana (Espanha), no “Festival do Contrabando”, que é mais que um festival: é a junção e fusão da homenagem a uma actividade que ao longo da história foi importante para as gentes da fronteira e para as gentes da Serra do Caldeirão e do Andévalo Andaluz, com as artes e a cultura. Vamos estar pela primeira vez e logo nos três dias de festival de 27 a 29 de Março. Estamos ainda a trabalhar para podermos estar em Colmar (França), em parceria com o Rancho Folclórico “O Ribatejo de Colmar”. A nível nacional temos a nossa agenda a ficar bem recheada, principalmente para a altura do Verão e isso deixa-nos uns ‘Batatas’ muito contentes!

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