Os trabalhadores da empresa Nobre, em Rio Maior, vão voltar à greve na próxima sexta-feira, naquela que será a 11.ª paralisação por falta de resposta ao caderno reivindicativo, divulgou o sindicato.
A greve, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), vigorará entre as 00:00 e as 20:00 do dia 31 de maio, na unidade de Rio Maior.
Em comunicado, o Sintab informou que a paralisação “visa denunciar a falta de vontade da empresa para negociar o caderno reivindicativo dos trabalhadores, bem como a proposta medíocre apresentada, numa empresa certificada, com recurso a tecnologia de ponta e altos padrões de qualidade alimentar”.
Esta será, segundo o sindicato, a décima primeira greve feita, desde o ano passado, face à falta de acordo entre os trabalhadores e a administração da empresa que alegadamente recusa negociar o caderno reivindicativo.
Num comunicado a dar conta das razões da greve, o Sintab lembrou que “o caderno reivindicativo apresentado à empresa no início do ano” exigia “um aumento salarial de 150 euros, a valorização do subsídio de refeição e do trabalho noturno, a implementação de diuturnidades, direito a 25 dias de férias, e o fim do recurso à contratação precária, entre outras”.
Em 13 de março, numa resposta enviada à agência Lusa, a Nobre mostrou-se disponível para prosseguir com as reuniões negociais e para discutir “de forma positiva e transparente” as reivindicações dos trabalhadores.
Já depois desta data, os trabalhadores paralisaram por duas vezes, em 19 de março e em 26 de abril, tendo agora agendada nova greve para sexta-feira, data em que, segundo o Sintab, “será aprovada nova forma de luta e novas greves, visto não haver qualquer resposta digna por parte da empresa às suas [dos trabalhadores] reivindicações”.
O piquete de greve vai concentrar-se a partir das 09:00 na porta da Nobre Alimentação, em Rio Maior, onde contará com a presença do secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira.