Foto: Centro de Apoio Social da Carregueira

Os trabalhadores do Centro de Apoio Social da Carregueira, no concelho da Chamusca, distrito de Santarém, estiveram em greve ontem à tarde, exigindo o pagamento de subsídios em atraso, retroativos salariais e melhores condições laborais.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, que convocou a paralisação, a greve contou com a adesão da maioria dos funcionários e afetou os serviços de apoio domiciliário e centro de dia.

No regime de permanência interna (RPI), apenas os serviços mínimos foram garantidos.

De acordo com o sindicato, entre as reivindicações dos trabalhadores, que estiveram concentrados junto à instituição durante o período da paralisação, entre as 14h30 e as 17h00, está o pagamento de subsídios em atraso, retroativos salariais e melhores condições laborais.

Os trabalhadores exigem ainda o pagamento do subsídio de refeição para os turnos da noite, previsto no contrato coletivo de trabalho, e a contratação de mais recursos humanos.

“A maior parte dos trabalhadores aufere o salário mínimo e enfrenta graves dificuldades. A administração diz que tem compromissos com água, luz e bens essenciais, mas os trabalhadores também têm necessidades básicas e não podem continuar sem receber o que lhes é devido”, afirmou à Lusa Teresa Faria, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas.

Ainda segundo a sindicalista, a administração da instituição reuniu-se com os trabalhadores na sexta-feira e indicou que está à espera de verbas do Fundo de Socorro Social, mas não garantiu que os montantes serão destinados ao pagamento dos subsídios em falta.

Sobre a greve e concentração de hoje, a dirigente sindical fez um “balanço muito positivo” e adiantou que os trabalhadores aprovaram uma moção que será enviada à administração, com novas formas de luta caso não haja resposta por parte da direção.

“Estamos abertos à negociação, mas se não houver avanços iremos avançar para uma greve de 24 horas”, garantiu Teresa Faria.

O Centro de Apoio Social da Carregueira presta cuidados a idosos em regime de internamento, apoio domiciliário e centro de dia, sendo considerado pelos trabalhadores como um local de trabalho exigente física e emocionalmente.

“É uma profissão muito dura. Lida-se com idosos, há uma grande carga física e também psicológica. Muitas vezes criam-se laços com os utentes e, quando eles falecem, os trabalhadores sentem muito essas perdas”, descreveu Teresa Faria.

Leia também...

Duas mulheres detidas por introdução em local vedado ao público, em Almeirim

As detidas, de 49 e 31 anos invadiram um armazém industrial e furtaram um tablet, um aparelho de soldar, um carregador de baterias e…

Investigador aponta falta de lampreia no Tejo à escassez de água e destruição de habitats

O investigador Bernardo Quintella justificou a escassez de lampreia no rio Tejo, que afeta pescadores e turismo, com a destruição de habitats, com a…

Piscinas Municipais da Chamusca requalificadas

A segunda fase de intervenção do projecto de Requalificação e Beneficiação das Piscinas Municipais da Chamusca vai iniciar-se brevemente. Em nota enviada ao ‘Correio…

Vitoria de Santarém alcança primeiros títulos oficiais de Xadrez

No passado sábado, dia 7 de Setembro, um reforçado contingente de 14 jogadores representou o Vitória Clube de Santarém no Campeonato Distrital Individual absoluto…